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COLUNISTAS / Outros papos

Síndrome do buraco da rosquinha

02/05/2017

“A insatisfação por aquilo que não temos é resultado da falta de gratidão por aquilo que temos”. (Daisaku Ikeda)

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Eu achei muito engraçado quando ouvi a frase “Síndrome do buraco da rosquinha”, maneira informal para descrever as pessoas que focam apenas no que falta.

São pessoas que preferem comprar um bolo numa padaria, desde que venha inteiro, mesmo querendo comer aquela rosca maravilhosa, mas que foi feita na forma com o buraco no meio; elas focam justamente na perda que terão pela falta da continuidade em detrimento do prazer que teriam na satisfação da vontade.

E o psicólogo continuou falando das perdas que esse tipo de pessoa, provavelmente, pode ter tido durante a vida e nas “partes” emocionais deixadas pelo caminho. A pessoa focada na falta sempre está desconfiada que os outros estão passando-a para trás, sejam familiares, amigos ou em negócios.

O agravamento dessa situação vem na falta de prazer pela vida, pois nunca estarão satisfeitas com suas conquistas. Em médio prazo, podem desenvolver uma baixa autoestima, porque ao se compararem com os outros, a tendência é de se sentirem inferiores (feias, magras, gordas, desinteressantes, etc.), e dessa baixa autoestima advêm a depressão, fobias (síndrome do pânico) levando ao isolamento social e, em casos mais graves, ao suicídio.

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Com a grande velocidade das informações devido às mídias digitais, ao capitalismo selvagem formando uma sociedade de consumo onde o “TER” é sinônimo de prestígio e satisfação pessoal e o “SER” está relegado a uma condição de irrelevância, a busca pelo consumo virou uma verdadeira corrida maluca em busca de “prazer” momentâneo, porque logo o produto estará ultrapassado, reportando a pessoa à “condição de falta” e “insatisfação” que jamais preencherá a sensação de “vazio”.
Esse “vazio” que leva a buscar sempre pelo “falso brilhante” demonstra a necessidade que temos de recuperarmos os pedaços perdidos da alma nesse “mar de emoções” que é a vida.

Negligenciar a falta que essas perdas nos fazem é não olhar para dentro de nós, é desconectarmos do nosso “eu maior”, é olharmos constantemente para o que nos falta, perdendo a grande aventura de desfrutarmos do que temos, principalmente o momento presente e o grande presente que é a nossa vida.

Ainda bem que o antídoto é simples. Chama-se “gratidão” e é muito recomendável que usemos para tudo que temos e conquistamos, sob pena do “buraco da rosquinha” virar um gigantesco “buraco negro” em nossa “alma”.

COLUNISTAS / Mafu Vieira

Valdemir Vieira, popularmente conhecido como Mafu, é formado em Enfermagem e Obstetrícia pela Unitau, pós-graduado em Terapia Intensiva e mestre em Enfermagem Psiquiátrica pela Escola de Enfermagem da USP, com trabalhos apresentados no Brasil e exterior, além de responsável técnico de Enfermagem do Caps (Centro de Atenção Psicossocial) – Lorena. Professor convidado nos cursos de pós-graduação da Fatea e outras universidades das cidades vizinhas, palestrante dos assuntos de políticas públicas e motivacionais, Mafu também é formado em Professional and Self Coaching, potencializando as lideranças profissionais em diversas empresas e em áreas distintas. Lorenense nato e ex-vereador, está sempre envolvido e atento aos assuntos da cidade e vem, com a mesma performance de colunista que foi do Jornal Guaypacaré, diretamente para a coluna, de mesmo nome, no Portal “O Lorenense”. Com ele, são “Outros Papos”…



maphus@gmail.com

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