Prof. Nelson Pesciotta acaba de nos deixar

Por Grazi Staut e João Bosco “Paçoca”

Lorena e o Vale do Paraíba acabam de perder uma de suas maiores personalidades. Faleceu neste sábado, 26 de maio, o grande Mestre Nelson Pesciotta, aos 95 anos, em São Paulo, onde estava residindo com a família. Educador, professor, diretor de escola (somente no Arnolfo Azevedo, atuou durante históricos 15 anos), jornalista (colunista de política do Jornal Guaypacaré durante mais de 20 anos e até pouco tempo atrás, era colunista deste Portal de Notícias O Lorenense), sociólogo, licenciado em Filosofia e bacharel em Direito, polivalente. Mais do que tudo isso, sr. Nelson Pesciotta foi um grande ser humano, com um coração tão generoso, que não cabia dentro dele.
Foram 95 anos deixando seu nome indelevelmente marcado em tudo que realizou nesta vida. Foi vereador por duas legislaturas e duas vezes presidente da Câmara Municipal de Lorena, candidato a prefeito de Lorena, pró-reitor da Universidade de Taubaté, ex-professor da Faenquil (hoje EEL-USP). O Colégio Técnico de Lorena (Cotel), da USP, leva o seu nome, e na homenagem que o governador de São Paulo lhe fez, Geraldo Alckmin disse: “Há pessoas que vivem de ensinar. Estas merecem os nossos parabéns e todo respeito, pela escolha de uma das profissões mais nobres que alguém pode ter. Outras pessoas, bem mais raras, vivem para ensinar. Estas merecem mais que parabéns e respeito. Merecem ser reverenciadas, porque souberam fazer da profissão um sacedórcio ao qual dedicam a vida, com total desprendimento, fé e generosidade. Este é o caso do professor Nelson Pesciotta. Sua vida é uma admirável lição de amor à Educação e de devotamento a cada um dos que tiveram o privilégio de ser seus alunos ou, simplesmente, de conviver com ele”.

Foi secretário de Educação e Cultura de Lorena e marcou suas gestões com inúmeras promoções inesquecíveis, inclusive lançando mais de uma dezena de livros sobre a história de Lorena. Foi presidente da Comissão de Festas do 1º centenário de Lorena, em 1956; e do 2º centenário da cidade, em 1988.
Por muitos anos, foi redator-chefe e colunista (como já citado) do Jornal Guaypacaré. Ganhou, em 1988, o Prêmio Jornal Guaypacaré.

Foi presidente do Instituto de Estudos Valeparaibanos. Teve sua vida biografada em livro escrito por Olavo Rubens Leonel Ferreira. Foi um dos fundadores e presidente da Academia de Letras de Lorena.

Idealizou a Academia Jovem de Letras de Lorena. Promoveu, durante muitos anos, concursos de declamação, de desenho, de redação, de poesia, nas Semanas Arnolfo Azevedo. Foi supervisor de Ensino do Vale do Paraíba, vice-presidente do Comitê de Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba do Sul. Criou e foi presidente, em Lorena, do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural.

Dirigiu a Câmara de Ensino e Pesquisas de Taubaté e o Instituto de Estudos Brasileiros, também de Taubaté. Foi chefe de Gabinete do diretor da Faculdade de Engenharia de Lorena – Faenquil. Dirigiu o Cotel – Colégio Técnico de Lorena, da Faenquil – USP, que depois levou seu nome, homenageando-o.
Fundou a Sociedade dos Amigos da Cultura de Lorena. Foi membro das Academias de Letras de Pindamonhangaba e Campos do Jordão. É autor do hino do CENE Arnolfo Azevedo.

Sua despedida ocorre em São Paulo, no cemitério do Araçá, desde as 10 horas deste domingo. Às 15 horas, segue para o Crematório de Vila Alpina.

Viúvo da Dona Ariza, tiveram seis filhos: dr. Nelson Maurício (já falecido), Sergio Luís, Regina Beatriz, Danilo Carlos, Fernando Paulo e Eduardo André. Tinha cerca de dez netos e alguns bisnetos.
Muito mais poderia ser falado do Mestre Nelson Pesciotta. Suas condecorações, diplomas, homenagens que lhe prestaram durante a vida… as inúmeras promoções que ele fez nos cargos que ocupou… mas quisemos, com o perfil aqui escrito, dar uma noção, dimensão, do quão grande foi este homem que agora nos deixou… Cumpriu sua missão, está em paz, voltando à casa do Pai celestial. Merece nossas homenagens.
Para a Família O Lorenense, ele era mais que grande amigo. Era especial. Mas para não nos alongarmos, fica aqui o link de mais um pouco do que ele significava para nós: http://olorenense.com.br/2015/10/23/das-almas-generosas-professor-nelson-pesciotta/

Sabemos que a morte é a única certeza da vida, processo natural pelo qual todos nós iremos passar. Mas hoje, dia de sua partida, é inevitável o aperto no coração pela dor da despedida. Esteja em paz, queridíssimo amigo! O céu está em festa por recebe-lo. Por aqui, é justo dizer: obrigada! Foi uma honra!