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Jornal Guaypacaré: 39 anos construindo a história de Lorena

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 Uma história que foi construída construindo a história de uma cidade. A frase pode parecer confusa, mas é exatamente assim que o saudoso Jornal Guaypacaré pode ser definido. Um pequeno grande jornal.

Foi fundado em 6 de agosto de 1975, pelo jornalista João Bosco Pereira de Oliveira, idealista, apaixonado por sua cidade, que sempre teve ao seu lado a esposa, Carolina Maria Staut Saciotto Pereira de Oliveira, engenheira química por formação, mas jornalista e também empresária por vocação. Na época de fundação do jornal, Carolina era ainda namorada de João Bosco, “Paçoca” como sempre foi conhecido pelos amigos. Tornou-se sua esposa em 1979.

Guaypacaré significa braço ou seio da lagoa torta, referindo-se a um braço do rio Paraíba. O nome era uma referência ao antigo nome de Lorena, tupi-guarani. Ao longo dos anos, tanto o jornal quanto seu nome e o indinho que o acompanhava, no logotipo, foram instituídos como um dos grandes símbolos da cidade, tornando-se tradição e história de Lorena.

Em seus 39 anos de existência, o Guaypacaré foi importante para a cidade, não somente como um respeitável veículo de comunicação escrita regional e pelos relevantes serviços prestados à sociedade lorenense, mas também como exemplo de jornalismo confiável, praticado com imparcialidade, seriedade, lucidez, qualidade e responsabilidade.

Uma história construída graças ao profissionalismo, capacidade, esforço e dedicação de seus dirigentes, o casal Carolina e João Bosco, que contou, em boa parte de sua história, com a participação de seus filhos no trabalho, assim como com a essencial contribuição de funcionários e colaboradores.

Mesmo sendo empresa comercial, foi um veículo da imprensa escrita que nunca recorreu à linha editorial sem escrúpulos. Jamais utilizou-se de qualquer meio para chamar a atenção e multiplicar suas vendas, sobretudo com intromissão em vidas privadas e a dimensão exagerada a notícias escandalosas, políticas e policiais.

O Jornal Guaypacaré manteve-se sempre fiel aos princípios éticos e valores tradicionais do jornalismo, ainda romântico, comprometido com a verdade e informação de qualidade, atuando como porta-voz da opinião pública, exercendo com competência e responsabilidade o importante direito e dever de informar, noticiar, pesquisar, investigar, denunciar, opinar e, ainda, de se manifestar de forma equilibrada sobre os mais variados assuntos da cidade de Lorena.

Houve uma fase curta em que foi regional, mas jornalismo de interior, via de regra, costuma apresentar dificuldade de estrutura, pelos altos custos de pessoal e também de confecção do produto, logística para efetiva circulação, etc.. Não havia pessoal suficiente para cobrir eficientemente as cidades do Vale e, logo, voltou a concentrar-se em Lorena, cidade que retratava, semanalmente, em suas páginas. Os assuntos eram variados: tudo o que acontecia no município, informando, elogiando, criticando, destacando os fatos, acontecimentos e pessoas que contribuíram para o crescimento de Lorena, divulgando e prestigiando os eventos importantes na cultura, nos esportes, nas artes, na economia, na política… E também suas mazelas, seus problemas, a realidade dos fatos, bons ou ruins, revelando acontecimentos, noticiando, conscientizando e despertando as pessoas para seus problemas, mostrando à sociedade, de maneira o mais imparcial possível, o que acontecia…

Um jornal brilhante, que enfrentou – como tantas empresas dos mais variados ramos – graves crises. Problemas com maquinário, com patrocínios, financeiros…  Em dezembro de 2003, quando o Guaypacaré enfrentava uma dessas grandes crises, a ruptura de um aneurisma cerebral e duas cirurgias posteriores incapacitaram o jornalista João Bosco para o trabalho.

Sua esposa Carolina tomou então a frente do negócio, dando largos passos na direção da recuperação do negócio da família. No meio do caminho, em 2010, descobriu-se gravemente doente. Lutou contra um câncer agressivo durante quatro longos anos. Durante todo esse tempo, jamais deixou de trabalhar, mesmo em meio às sessões de quimioterapia, radioterapia e outros tratamentos. Em 24 abril de 2014, foi vencida pela doença. Com o seu falecimento, findou-se a história de um jornal que representava a imprensa séria, responsável, não tendenciosa e voltada para os reais interesses da cidade.

Mesmo com seu fim, a história é notável: o Jornal Guaypacaré foi o que teve a mais longa vida em Lorena. Durante 39 anos – de 1975 a 2014 – circulou formando e informando a opinião pública lorenense.

Foram 39 anos vivendo os problemas do povo lorenense e falando por ele, tendo um rol de colaboradores de primeira linha, pessoas que, com idealismo, assinavam as várias colunas do jornal. Era um jornal pujante, volumoso, atuante, que marcou sua existência com milhares e milhares de leitores, com muitas assinaturas, propagandas e vendas em bancas.

Deixa saudades o Guaypacaré! Marcou época, cumpriu sua missão! Como tudo que é vivo nasce, cresce, reproduz, envelhece e morre, o Guaypacaré também cumpriu este ciclo, estando hoje na saudade de seus incontáveis admiradores.

Mas também reproduziu, já que hoje você acompanha este Portal de Notícias O Lorenense, iniciativa da jornalista Graziela e de seu irmão Marcelo, filhos do casal João Bosco e Carolina. Lançado em 24 de outubro de 2014, é um jornal em novo formato, acompanhando as evoluções da era digital, mas com a mesma preocupação que o Guaypacaré sempre teve: compromisso com a ética e a verdade, responsabilidade com a informação, sem sensacionalismo nem tendências políticas.

Graziela, que esteve à frente da redação do semanário Guaypacaré nos últimos dez anos de sua existência, é hoje a jornalista responsável pelo site O Lorenense, que traz consigo muitos dos colunistas que compunham o time renomado do jornal de seus pais.

Por tudo isso – 39 anos de bela história –, o Jornal Guaypacaré faz parte da história de Lorena, da antiga Vila e Porto Guaypacaré, do passado rico em tradições. Da Lorena gloriosa, pujante, “querida, bela e culta”. Terra das Palmeiras Imperiais… terra do Bosco, da Carolina, de seus filhos e de tanta gente querida e batalhadora… Terra do Jornal Guaypacaré, uma das mais representativas instituições culturais que esta cidade conheceu.

Neste espaço, você vai poder relembrar fatos que o Guaypacaré noticiou, capas de edições históricas, que serão inseridas ao longo do tempo:

 Algumas edições impressas já têm versão online. Você pode conferir no link: http://issuu.com/jornalguaypacare

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