O Lorenense já estreia como um guerreiro, porque traz na sua essência aquilo que mais nos orgulha como cidadãos: a ousadia do recomeço e a coragem da renovação.
Essa ousadia e coragem também alimentam o meu desejo de construir um mundo mais inclusivo e embora esse seja o tema da coluna que passo a assinar semanalmente por aqui, hoje a ‘Inclusão além dos Sentidos’ vem homenagear Carolina Staut, uma mulher de muita garra, que nos mostrou o quão podemos reconhecer no outro os seus alcances, muito mais do que enxergar os seus limites.
Mesmo sem tê-la conhecido pessoalmente, não precisei ouvir o som das palavras pronunciadas por ela, nem pude tocá-la ou ver seu rosto para que eu pudesse sentir o tamanho de sua importância e a sua incansável vontade de vencer, apesar dos inúmeros obstáculos encontrados no caminho. E com cada uma dessas pedras, conseguiu provar que o maior legado de um ser humano é o que permanece eternizado pelos feitos realizados, pelo sentimento que despertou nas pessoas, pelo que construiu em prol de muitas vidas.
Aqui do outro lado da tela, fui, além de expectadora, alguém anônima aos seus olhares, que tentava não me emocionar diante das palavras de incentivo dos seus familiares, alguém que acreditou mais do que ninguém que o final sempre seria um recomeço. Li cada história, chorei e comemorei; me entreguei aos relatos e percebi o quanto de influência as redes sociais exercem em nossa vida.
Os mesmos espaços virtuais capazes de dilacerarem relações, de serem utilizados para disseminar o mal, podem também levar para dentro dos nossos lares muitas histórias de superação e despertar em nós o mais puro e nobre sentimento da solidariedade, numa corrente infinita pelo bem.
É Além dos Sentidos que conseguimos enxergar a essência da vida e, embora a caminhada siga por atalhos inesperados, sabemos que o semear continua pelas mãos daqueles cuja coragem e ousadia herdaram da mulher que, assim como o símbolo de Lorena, se destacou como a palmeira imperial mais imponente, majestosa e notável de sua terra.
Luciane Molina é pedagoga, braillista e pessoa com deficiência visual. Possui pós-graduação em Atendimento Educacional Especializado pela Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) e em Tecnologia, Formação de Professores e Sociedade pela Unifei (Universidade Federal de Itajubá). Sua trajetória profissional inclui trabalhos com educação inclusiva, ensino do sistema Braille, da tecnologia assistiva, do soroban e demais recursos para pessoas cegas ou com baixa visão, além de atuar desde 2006 com formação de professores. Foi vencedora do IV Prêmio Sentidos, em 2011, e do IV Ações Inclusivas, em 2014, ambos pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo (SEDPCD-SP). Também é palestrante e co-autora do livro Educação Digital: a tecnologia a favor da inclusão. Atualmente, integra a equipe técnica da Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência e do Idoso de Caraguatatuba (SEPEDI), com ações voltadas para a comunicação inclusiva, políticas públicas para pessoas com deficiência visual e Núcleo de Apoio às Deficiências Sensoriais.
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