Já faz meio ano que a minha doce Carolina partiu dessa vida, descansou, foi pro céu… E até hoje dói, muito, a sua ausência. Afinal, foram 43 anos de convivência, desde quando ela tinha 12 aninhos e eu 15, e começamos a namorar.
Nós nos conhecemos num baile de carnaval, no Clube Comercial, em 1971, nos tempos em que o CCL era na praça, na esquina onde hoje é o Banco Santander. A Caro – como eu sempre a chamei – estava fantasiada de palhaço… Foi amor à primeira vista e pulamos o carnaval inteiro. Repito: a Caro com 12 anos e eu 15! Foram 8 anos de namoro até o casamento, em 1979.
Caro sempre foi muito inteligente, tanto que formou-se engenheira química, pela Faenquil, hoje USP. Mas o que ela praticou mesmo foi administração e jornalismo, já que desde a fundação do Jornal Guaypacaré, há praticamente 40 anos – foi em 1975 que fundamos o Guaypacaré –, ela desempenhou um papel importantíssimo administrando e escrevendo o jornal.
Guerreira, batalhadora, meiga, generosa… São apenas alguns adjetivos que a qualificaram na luta do dia a dia. Mãe muito humana e extremamente amorosa, educou exemplarmente nossos filhos: a Graziela, o Rodolfo, o Lucas e o Marcelo. E há 14 anos temos um neto, o Breno.
Minha vida e da Caro sempre foi marcante, em todos os sentidos. Lutávamos o dia inteiro no Jornal, mas também aproveitávamos as oportunidades que a boa imprensa nos proporcionava. Cada viagem, semanalmente, a São Paulo, para comprar papel, tinta, chapa, matéria-prima do jornal, transformava-se, depois da obrigação, em nova lua de mel para o casal apaixonado, curtindo as boas coisas que a capital proporcionava… Houve até uma viagem internacional, para o Peru, visitando Lima, Cuzco e Machu Pichu, convidados que fomos, pela Aero Peru. Bela viagem, que me traz recordações marcantes da Caro!
Dos 43 anos de convivência com o meu grande amor, 35 foram de casamento. Caro era dedicada à família! Acompanhava com firmeza – mas também com amor e meiguice – a educação de cada filho, tanto que hoje todos são boas pessoas e trilham profissionalmente o bom caminho.
Recentemente, recebeu duas grandes homenagens, pelas quais ela ficou muito feliz: uma da Câmara Municipal, que a condecorou com o título de Cidadã Honorária de Lorena; e outra do Lions Clube de Lorena, que lhe outorgou belíssimo cartão de prata em festiva reunião. Ambas fizeram juz à luta exemplar do trabalho da Carolina.
Caro querida, grande amor da minha vida! Nestas singelas linhas, eu quis homenageá-la, uma vez mais agora, que você está no céu, na paz eterna, junto ao Pai. Receba a homenagem com alegria, porque é do fundo do meu coração, eternamente apaixonado por você.
João Bosco Pereira de Oliveira
A Academia de Letras de Lorena foi fundada em 21 de março de 2009 e a posse dos membros ocorreu em 16 de agosto daquele ano, data que é comemorada como seu aniversário. Possui como patrono Euclydes da Cunha, por ter vivido em Lorena e aqui iniciado a educação de seus filhos e corrigido os originais de sua obra maior, “Os Sertões”. São 30 acadêmicos distribuídos em cadeiras que possuem, cada uma, um patrono ou patronesse. Realiza reuniões mensais abertas ao público, trazendo sempre uma apresentação cultural para completar a reunião literária. Nessas reuniões, o público é convidado a declamar e a ler poemas e outras obras de sua autoria ou de outros autores.
Foi declarada de Utilidade Pública Municipal pela Lei Ordinária 3.599, de 23/5/2013.
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