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COLUNISTAS / Outros papos

A consciência do poder pessoal “Se você não gosta do que está recebendo, preste mais atenção no que você está emitindo”.

07/11/2014

Consciência é uma qualidade psíquica, isto é, que pertence à esfera da psique humana, atributo do espírito, da mente ou do pensamento. Ser consciente não é exatamente a mesma coisa que perceber-se no mundo, mas ser no mundo e do mundo é extremamente importante no despertar do nosso poder pessoal.
Diferente do poder externo, que pode até levar à guerra ou determinar como algo deve ser ou acontecer (e tende a ser destituído através de revoltas nas ditaduras ou eleições na democracia), o poder pessoal cresce na proporção do desenvolvimento do nível da consciência individual, do autoconhecimento em detrimento das ilusões alimentadas nas subjetividades sociais, culturais e ambientais. É o processo de reconhecimento de que se é responsável pelas próprias escolhas.

O auto re-conhecimento nos permite despertar e acessar os nossos recursos internos e, a partir daí, alinhá-los com os nossos sistemas de crenças e valores e, assim, estabelecer os passos para formular os nossos objetivos e planos de ação na direção da nossa realização. 
Estar consciente do poder pessoal é, acima de tudo, ter capacidade de escolha e de decisão diante dos acontecimentos, trazendo a responsabilidade para si sem esperar que ninguém ou algum acontecimento corresponda as suas expectativas, razão de tantos sofrimentos, decepções e frustrações.

Amadurecemos no nosso poder pessoal quando atribuímos a nós, e somente a nós, a responsabilidade pelo que estamos sentindo ou recebendo da vida, sem procurar culpados por isso; e é exatamente nesse ponto que a maioria das pessoas se recusa a crescer, porque “dói muito admitir que eu não sou tão maravilhoso assim”. É mais fácil projetar e achar algum bode expiatório.

Teoricamente, parece fácil ter poder pessoal; entretanto, desde crianças sempre escolheram pela gente, da roupa até a comida, e o mais patológico de tudo: crescemos numa sociedade de culto ao medo como sinal de cuidado e segurança. Desta forma, absorvemos isso e fazemos da segurança a nossa arma dura, segurando tudo na nossa vida, porque a realidade que queremos só se manifesta quando estamos inteiros para ela sem a cisão que o medo causa.
Provenientes do medo, as crenças negativas, sem dúvidas, são as responsáveis por termos pouco ou nenhum poder pessoal e podem vir disfarçadas de autovalorização. Poderíamos elencar inúmeras delas, mas nenhuma sabota mais o poder pessoal do que a vaidade ou o orgulho. 

A vaidade é a mestra da ilusão porque se disfarça o tempo todo. É ela que, sob o foco de ser aceito pelos outros, faz com que queiramos ser bonzinhos, colocando a vontade e necessidade do outro acima de tudo, porque é egoísmo eu pensar em mim primeiro e… Uma lista interminável que culmina com o autoabandono, fazendo, com isto, com que entreguemos o nosso poder pessoal para o outro, nos desvalorizando. Entretanto, como tudo que não tem valor tende a ser pisado e descartado, depois reclamamos de virarmos capachos, finalizando com o sentimento de sermos a vítima da história. É ela que, nos relacionamentos afetivos, impõe um check list de tudo o que tenho de ser e fazer para o “outro me”, sob a fala de que “quando eu amo, eu me dou de corpo e alma para o outro” e…  E no final, acho que você já viu esse filme. 

A vaidade, camuflada de um ideal de pessoa que eu devo ser para ter reconhecimento, aprovação e valorização, faz com que a preocupação com o que “os outros vão falar” ou” o que os outros vão pensar” crie um exército de castrados que deixam de fazer, de viver, de realizar, para depois transformar essas pessoas em seres amargurados, frustrados, vingativos, infelizes e depressivos por anos e anos, dependentes de tarjas pretas ou uso abusivo de álcool e outras drogas, causando doenças físicas e mentais, recalcadas num juramento infantilóide, naquele momento de ira, “porque aquilo que me fizeram eu jamais esquecerei e eu juro por tudo que é mais sagrado que …”.  Dessa forma, potencializa-se uma força negativa de ódio, que acaba com uma vida plena e feliz, perfeitamente compatível e razão única da nossa existência.

Enfim, precisamos dar expressão as nossas crenças positivas de autovalorização, autoestima, autoaceitação e entender que não devemos fazer nada para o outro e sim com o outro.  Que esse percurso será mais fantástico, mágico e feliz quando nos assumirmos por inteiro e, principalmente, quando nos despertamos verdadeiramente para o melhor ambiente desse mundo, o nosso ambiente interno, despertando também todos os benefícios de viver bem, acessado pelo nosso poder pessoal. É um trabalho árduo e diário, mas vale a pena, pois se você não o fizer ninguém fará por você, deixando-o numa posição de vítima e coitadinho, sem jamais conhecer o quão sublime é ser o protagonista da sua própria vida!

COLUNISTAS / Mafu Vieira

Valdemir Vieira, popularmente conhecido como Mafu, é formado em Enfermagem e Obstetrícia pela Unitau, pós-graduado em Terapia Intensiva e mestre em Enfermagem Psiquiátrica pela Escola de Enfermagem da USP, com trabalhos apresentados no Brasil e exterior, além de responsável técnico de Enfermagem do Caps (Centro de Atenção Psicossocial) – Lorena. Professor convidado nos cursos de pós-graduação da Fatea e outras universidades das cidades vizinhas, palestrante dos assuntos de políticas públicas e motivacionais, Mafu também é formado em Professional and Self Coaching, potencializando as lideranças profissionais em diversas empresas e em áreas distintas. Lorenense nato e ex-vereador, está sempre envolvido e atento aos assuntos da cidade e vem, com a mesma performance de colunista que foi do Jornal Guaypacaré, diretamente para a coluna, de mesmo nome, no Portal “O Lorenense”. Com ele, são “Outros Papos”…



maphus@gmail.com

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