Aroldo Azevedo nasceu em Lorena, em 3 de março de 1910, vindo a falecer em falecer em 4 de outubro de 1974. Advogado que nunca exerceu a profissão, licenciou-se em Geografia e História pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), tendo sido também um dos primeiros professores de Geografia daquela Universidade.
Filho de Arnolfo Azevedo, que foi deputado federal por São Paulo e senador, que, enquanto deputado, foi presidente da Câmara dos Deputados por oito anos e foi quem fez construir o Palácio Tiradentes para sede da Câmara.
Aroldo foi também o primeiro grande autor de livros didáticos de Geografia do Brasil, com mais de trinta títulos publicados, e marcou o ensino dessa disciplina para várias gerações de estudantes. Realizou uma das primeiras classificações do relevo brasileiro, identificando oito unidades e foi elaborada na década de 1940.
É autor do primeiro mapa e de uma das primeiras classificações do relevo brasileiro, ainda hoje usada em livros escolares. Tal classificação, feita em 1949, baseia-se na altimetria e nela encontram-se definidas grandes unidades de planaltos (áreas com mais de 200 m de altitude) e planícies (até 200 m de altitude).
Algumas obras:
● Subúrbios orientais de São Paulo (1945)
● Regiões e paisagens do Brasil (1952)
● Vilas e cidades do Brasil colonial (1956)
● Panorama da produção agropecuária brasileira (1960)
● Cochranes do Brasil (1965)
● O mundo antigo (1965).
Obras didáticas:
● As Regiões Brasileiras
● O Mundo em que Vivemos
● Terra Brasileira
● Os Continentes
● Geografia Física
● Geografia Regional
● Geografia Humana do Brasil
● Leituras Geográficas
● Monografias Regionais
Pesquisa: professor André Prado, ocupante da cadeira n° 3 da Academia de Letras de Lorena, cujo patrono é o professor Aroldo Azevedo
A Academia de Letras de Lorena foi fundada em 21 de março de 2009 e a posse dos membros ocorreu em 16 de agosto daquele ano, data que é comemorada como seu aniversário. Possui como patrono Euclydes da Cunha, por ter vivido em Lorena e aqui iniciado a educação de seus filhos e corrigido os originais de sua obra maior, “Os Sertões”. São 30 acadêmicos distribuídos em cadeiras que possuem, cada uma, um patrono ou patronesse. Realiza reuniões mensais abertas ao público, trazendo sempre uma apresentação cultural para completar a reunião literária. Nessas reuniões, o público é convidado a declamar e a ler poemas e outras obras de sua autoria ou de outros autores.
Foi declarada de Utilidade Pública Municipal pela Lei Ordinária 3.599, de 23/5/2013.
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