Por Adilson Roberto Gonçalves
Aprendemos história em nossa reunião literária de novembro. Foi um deleite ouvir o aniversariante do mês, prof. Nelson Pesciotta, discorrer sobre o patrono de sua cadeira, Arnolfo de Azevedo, sua trajetória, questões políticas, terminando com uma dose de ironia: aquilo que não se poderia dizer sobre o homenageado. Na sequência, Wanderley Sardinha resgatou um de seus ensaios históricos, pontuando a elevação da Vila de Guaypacaré e depois Nossa Senhora da Piedade à condição de cidade em 14 de novembro de 1788, data que marca, portanto, o aniversário de Lorena. Mas deixou claro que por aqui já se marcava historicamente o território desde praticamente a vinda dos portugueses no século XVI.
Tivemos chuva e vento para marcar a fala de nossos ilustres oradores. Todos bem vindos. A reunião foi aberta com apresentação musical da professora Sandra Gomes Pereira ao piano e o barítono Álvaro Soares, do Conservatório Musical Maestro João Evangelista. A acadêmica Myrthes Mazza Masiero usou o Momento da Poesia para lembrar os 120 anos de Cassiano Ricardo e ouvimos poemas de Pedro Alberto, Maria Luiza, e Olga Arantes homenageando Ruth Guimarães. O acadêmico Paulo Viana nos convidou para um passeio pelas esculturas da cidade, lançando seu livro “O Passeio – Um giro pelas esculturas de Lorena”, com um olhar clínico sobre as obras de artes presentes no espaço, mas ausentes dos olhos. Avisamos que a Academia Jovem fará uma cerimônia de posse no próximo 6 de dezembro e lá estaremos para prestigiá-la, cria nossa.
Fico feliz em mantermos essa estrutura aberta de reunião da Academia, sempre com uma apresentação musical ou cultural e o Momento da Poesia, aberto a todos, não apenas acadêmicos, para ler ou declamar poemas e outros textos. Os parabéns pra você cantados ao final foram ao prof. Pesciotta, mas extensivos a todos os aniversariantes do mês.
Por fim, ousei em uma trova:
E garfando a moça em trova
digo que tá tudo azul
pois dela ganho uma sova:
supimpa! de norte a sul.