O dia 22 de abril foi a data do descobrimento do Brasil. O dia do descobrimento foi abençoado com o erguimento da Santa Cruz e a celebração da Eucaristia, lá nas terras da hoje, Bahia.
E a terra bendita ostentava a sua natureza rica, seu pau-brasil, suas matas, florestas e rios e sua beleza selvagem recebeu o seu primeiro nome: Terra de Santa Cruz.
Sua natureza era intocada, pois a população indígena era quase toda nômade e pouco mexia nas suas matas e florestas. Depois os portugueses mandavam seu pau-brasil para Portugal e outros países e, assim, quase ficamos sem ele (a não ser mais tarde no nome do país).
O que devemos pensar é que o dia de hoje deve ser comemorado nas escolas, acordando e acendendo o amor natural pela terra natal, fazendo com que as crianças e jovens a admirem e amem e a desejem servir e engrandecer e jamais roubá-la e estragá-la, acabando com sua exuberante natureza.
E o seu povo deveria amar-se como irmãos que jamais se roubassem, se matassem ou se prejudicassem. Deveria ser um momento cívico importante, que plantasse com raízes profundas o amor à pátria cuja representação fosse mais o povo irmão do que mesmo a rica e pujante natureza.
Será que se, na educação das crianças, essa parte do amor à pátria fosse importante, haveria corruptos roubando o país? Gente que visse seu povo sofrendo pela fome, pela falta de saúde, de um lar confortável, pela falta de educação teria coragem de enfiar no próprio bolso o dinheiro que poderia aliviar tantas pessoas da falta de coisas tão necessárias? Acho que é preciso mais educação cívica nas escolas.
E o dia de Tiradentes, será que foi comemorado pelo país como deveria? O herói que derramou seu sangue pela pátria foi lembrado e honrado? Se as crianças tiverem o patriotismo na educação básica, muita coisa pode mudar. O ser humano é assim. Ele dá o que recebe. Não nasceu bandido nem ladrão. Mas aprendeu a sê-lo pela falta de amor e de educação. E depois, não adianta. Talvez a diminuição da idade penal poderá segurá-lo. Quem sabe? …
Menino de Rua (alguns versos)
Menino de rua.
Menino pobre,
de um pobre Brasil…
Menino de rua,
filho do desamor,
do acaso e da injustiça.
Filho do pecado de todos nós…
(tirada do livro “Chuva Doce”)