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A imagem corporal na adolescência

15/05/2015

A adolescência é um período de transformações emocionais, biológicas, sociais e comportamentais. É a fase em que o indivíduo passa por mudanças radicais no seu crescimento e na aparência.
A maneira que o adolescente percebe seu corpo é fundamental na formação da sua autoimagem e também da sua identidade, influenciando a sua relação com o mundo.
A satisfação corporal permite o adequado desempenho emocional e social do adolescente e pode gerar atitudes que interferem nos seus relacionamentos. De outra forma, a insatisfação com o corpo acarreta sentimentos de insegurança e baixa autoestima, influenciando o bem estar e a qualidade de vida.
Atualmente, é grande a busca do corpo ideal, sendo referência o corpo atlético e bem definido. Ao passo que o adolescente com mais peso ou de baixa estatura começa a apresentar uma não aceitação da sua imagem física.
A influência da sociedade, da família e – principalmente – da mídia, preconizando a magreza para as mulheres e o corpo atlético para os homens, trouxe para o adolescente essa imagem do corpo ideal, criando muitas vezes a insatisfação com a autoimagem.
Tal insatisfação leva o adolescente a adotar dietas rígidas de emagrecimento, tornando-o vulnerável a distúrbios como anorexia e bulimia, ou práticas exageradas de musculação e uso de anabolizantes.
Como consequência da insatisfação corporal observam-se alterações comportamentais e emocionais entre os adolescentes. Os obesos são os mais suscetíveis à discriminação social. Apresentam maior insatisfação corporal, baixa autoestima e problemas emocionais.
A busca da imagem corporal perfeita acarreta riscos à saúde física e emocional.  Modelos de referência inatingíveis e distantes da realidade geram ansiedade e insatisfação constantes.
A participação da família é fundamental nessa fase da vida do adolescente, pois muitas vezes o problema passa despercebido. É importante observar, ouvir e manter o diálogo. A família representa o modelo de valores, comportamentos e atitudes que são transmitidas ao jovem. A estrutura familiar irá influenciar na autoconfiança do adolescente e no seu desenvolvimento.
É importante que os pais reconheçam o problema e procurem a ajuda de profissionais capacitados, como o hebiatra (médico especialista em adolescência), psicólogos e algumas vezes o psiquiatra. Mas o papel mais importante é o acolhimento e a participação da família.

COLUNISTAS / Meg Lorenzo Castilho

Margarida Maria de Lorenzo Castilho Nunes é psicóloga, pós-graduada em Psicopedagogia e Psicomotricidade, professora de pós-graduação de Psicopedagogia, brinquedista (criadora da Brinquedoteca do Clube Comercial de Lorena), especializando-se em Neuropsicologia.  Em sua clínica, realiza atendimento psicológico e psicopedagógico para crianças, adolescentes, adultos e idosos.


meglcnunes@yahoo.com.br

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