Por Lelienne Ferreira Alves Pereira Calazans
Vazio.
Não um vazio escuro, negro, mas sim um vazio branco.
Silêncio…
Muitos podem não perceber ou pensar sobre, mas um vazio branco é tão assustador, se não pior, que um vazio negro.
Vazio branco, onde não se enxerga mais nenhuma das outras cores. Será que estamos girando?
No começo desse vazio, sem sentimentos. Nada. Nem um pensamento se quer.
Niilismo.
Silêncio que incomoda, vira e torce.
E então… O caos.
O pensamento, a agonia, a euforia, o anseio. O medo de se perder, de voltar ao branco, apesar da cabeça explodindo, isso é melhor que o branco, sempre é.
A dor, o riso, o sorriso, o choro, a alma, as almas.
E então… Quando já não aguento mais! Explode.
Uma explosão, muitas vezes singela, como a casca de um ovo se rompendo. O que será que vai sair lá de dentro? Um pintinho? A gema? A clara? Um passarinho? Um olho? Um universo? Uma vida? Muitas vezes eu não sei, mas sempre me surpreendo.
E então… Cor.
Líquida, escorre banha, pinta e delimita.
Flui no branco.
Flui o pensamento, flui o sentimento. Fluido como a água. Às vezes, calmaria, às vezes, tormenta.
Às vezes demora, às vezes passa rápido. Às vezes acho que já acabou, mas volta.
Sempre volta.
E então… No final… Serenidade, felicidade, às vezes até um pouco de receio.
Mas no fim… Sempre um alívio.
“Tem sensação melhor que escrever?”.
Esta foi uma das várias maneiras que eu posso – e também gosto – de descrever o que significa escrever para mim. Se for para simplificar em apenas uma frase, seria: “Eu adoro escrever!”.
É tão divertido e revigorante pegar uma folha em branco e pouco depois perceber que ela não está mais em branco. Que tem algo nela, algo que antes não existia que você mesmo criou. Imagine… Nãoé bonito?
Não importa o motivo, se o processo para chegar foi dolorido ou cheio de alegrias e surpresas, o resultado de sua escrita é algo só seu. Só você vai compreender totalmente, mas ainda sim é uma sensação encantadora colocar tudo no papel – ou computador – ou até mesmo mostrar para os outros essa pequena parte sua. Para alguns – pelo menos para mim – é como deixar exposta a alma.
Você pode já ter sentido algo semelhante, talvez escrevendo um texto ou até mesmo fazendo uma obra de arte (eu gosto de pintar e a sensação que tenho é parecida). Talvez já tenha sentido isso com algo que eu nem possa imaginar!
Mas… se nunca sentiu isso… ou se nunca tentou escrever algo, escrever de verdade, expondo seus sentimentos… bem… nunca é tarde para tentar. Vamos! Pegue um lápis e um papel e vamos começar! Garanto que você pode se surpreender com o que pode sair dos confins de sua mente.
Eu sempre gostei de imaginar e inventar histórias, mas nunca tive coragem de contar ou mostrar elas para os outros. Quando eu entrei para a AJLL – Academia Jovem de Letras de Lorena – eu tive oportunidades de, timidamente e aos poucos, superar este receio apresentar meus trabalhos. Uma dessas oportunidades, e também uma grande conquista, foi na publicação de nossa 1ª Coletânea online: javascript:nicTemp();
Esta coletânea está rica de textos de cada um dos acadêmicos. Histórias para agradar a todos os gostos! Afinal, mesmo com um interesse comum pela escrita, cada um é único, cada pessoa tem um estilo único. Uma escrita única. Uma voz. A sua voz. E aos poucos estamos aprendendo a soltar ela.
Se tiver um tempinho, venha dar uma olhada nela você também! Venha conhecer essas vozes jovens e essas escritas jovens que estão se desenvolvendo e criando seus próprios caminhos. Escrevendo seus próprios destinos.
Sobre a autora:
Lelienne Ferreira A. P. Calazans tem 18 anos, nasceu em Lorena, São Paulo. É técnica em Química, formada no Cotel, caloura no curso de Farmácia e possui uma sede insaciável de aprender coisas novas, o que a torna um ser muito curioso. Delicada e tímida são características que constantemente a descrevem, mas não se julga um livro pela capa. Ama ler, chocolate, viajar, sair com a família e com os amigos.
Esse texto é de exclusiva responsabilidade do autor. A AJLL não se responsabiliza pelas possíveis opiniões aqui apresentadas. Respeitamos a criação literária de cada autor, difundindo linguagem literária de linguagem gramatical, em textos que julga ser necessário