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A criança que mente

17/07/2015

A mentira é uma atitude comum em crianças pequenas. Isso acontece porque a criança ainda não saber distinguir o real do imaginário.
A verdadeira mentira aparece depois dos seis ou sete anos, quando a criança já compreende conceitos e valores passados pelos pais e pela sociedade.
A criança pequena não sabe lidar com as suas frustrações, fazendo com que sinta a necessidade de mentir para compensar a falta gerada por alguma circunstância. É comum uma criança pequena contar fatos e histórias inventadas sem malícia e premeditação.
Quando a mentira se torna um hábito em crianças maiores, devemos observar se ela tem significado compensatório ou imitativo. Esse hábito pode se formar em consequência de atitudes muito repressivas dos pais ou escola, fazendo com que a criança procure se defender. Ou para fugir de uma realidade onde ela encontra razões para infelicidade e medo.
Os pais devem observar se a mentira tem o objetivo de fugir à responsabilidade de enfrentar os fatos. Ou se a mentira é premeditada para tirar proveito de algumas situações.
Por outro lado, quando os pais e professores mentem, as crianças acabam compreendendo isso como normal e corriqueiro e passam a imitá-los. Muitas vezes, os pais reclamam das mentiras da criança, mas não percebem que usam essa estratégia na presença dos filhos.
Para modificarmos esse hábito, é preciso procurar suas causas. É necessário conhecer mais sobre o mundo da imaginação infantil e incentivá-la de forma positiva com brincadeiras de inventar histórias, desenhos, pinturas, modelagens. Essas atividades ajudam a criança a diferenciar a fantasia da realidade.
Como agir com os filhos em situações de mentiras:
• Estimule a criança a reconhecer o erro e sua responsabilidade sobre o fato.
• Explique as consequências negativas.
• Se suspeitar que a criança esteja mentindo, faça perguntas genéricas. Depois de algum tempo, volte a perguntar e compare as respostas.
• Não fique repetindo que ela é mentirosa e colocando esse rótulo. Isso acaba por se tornar corriqueiro para ela.
• Use o diálogo com calma e firmeza.
• Não use nunca mentirinhas úteis: “Diga que a mamãe não está”. Ou “Diga para a professora que você ficou doente, por isso não fez a tarefa”, etc.

COLUNISTAS / Meg Lorenzo Castilho

Margarida Maria de Lorenzo Castilho Nunes é psicóloga, pós-graduada em Psicopedagogia e Psicomotricidade, professora de pós-graduação de Psicopedagogia, brinquedista (criadora da Brinquedoteca do Clube Comercial de Lorena), especializando-se em Neuropsicologia.  Em sua clínica, realiza atendimento psicológico e psicopedagógico para crianças, adolescentes, adultos e idosos.


meglcnunes@yahoo.com.br

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