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COLUNISTAS / O saber acontece

Biossegurança

05/08/2015

Participei do fórum “Biossegurança e Cultura de Segurança: o binômio fundamental no na promoção do aprendizado institucional”. A chamada focava em biossegurança e não atentei que a ênfase era na área hospitalar e de saúde. Mesmo assim, vi algumas palestras no final de junho na Unicamp.
A médica Maria Magalhães discorreu sobre a biossegurança do paciente, perguntando-se: Quando o ser humano erra mais? Falou sobre o limite entre erro e risco inerente ao tratamento e da possibilidade de cura com o risco do tratamento. Para quem tem vivido e convivido muito próximo a um forte tratamento, calcula como são essas questões, estatísticas na essência, mas estabelecidas na confiança que se tem – ou não – nos profissionais da saúde envolvidos. Foi uma apresentação recheada de informações, apesar da alta dislexia da palestrante, tanto na fala como nas trocas explícitas nos textos projetados.
Marcelo Lancellotti, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp, falou sobre níveis de biossegurança e contenção de microrganismos, assunto mais próximo a meus interesses voltados para riscos biológicos de laboratórios de pesquisa científica. Assustou-me saber por ele que não há no Brasil uma legislação sólida sobre a questão. Pergunto-me se nem ao mesmo existem leis sobre a infecção hospitalar. Na palestra, fica claro que não há e um decreto – o de número 5591, de 22/11/2005 – pode ainda estar em análise para mudanças, regulamentando a Lei 11.105, que é a Lei de Biossegurança. Aqui, valeria um estudo legal aprofundado de tudo o que existe, um convite aos colegas operadores do direito que nessa área advogam.
Por fim, constata-se que há um lapso na comunicação entre os profissionais da saúde e a segurança do paciente, conforme relatou Guilherme Brauner Barcellos, de um hospital de Porto Alegre.
Finalizo estas impressões com um detalhe não menos importante. Nesse tipo de evento, é oferecido um cafezinho com no máximo um biscoito água e sal. Ali, houve mini-lanches, doces e sucos. Um contraste com outros eventos de extensão em áreas técnicas e educacionais ou mesmo com a situação geral dos recursos para saúde no país.

COLUNISTAS / Adilson Gonçalves

Pesquisador científico, formado em Química pela Unicamp. Foi professor na EEL-USP, em Lorena, por 20 anos, e atua na pesquisa de biocombustíveis e conversão de biomassa vegetal. Presidiu o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lorena por dois mandatos e é membro fundador da Academia de Letras de Lorena, tendo sido seu presidente por quatro anos.


priadi@uol.com.br

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