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COLUNISTAS / Falando sério

O triste envolvimento de um policial com o mundo do crime

24/08/2015

A carreira Policial. 
“Não tem satisfação maior. A gente não faz isso pelo dinheiro, não faz pela estrela, não faz por nada”. Frase dita pelo Cel José Vaz de Perez, da Polícia Militar, em uma reportagem para o Jornal da Band.
Anos de estudos e muita dedicação até atingir o objetivo da aprovação no concurso público da carreira policial escolhida.
Seja qual for o cargo alcançado, já nos sentimos realizados por termos a chance de exercer a vocação e assim ajudar ao próximo e tentar deixar um mundo melhor para as próximas gerações.
Treinamentos, cursos, anos de trabalho e muito trabalho, deixando muitas vezes a família e o convívio social, para colocar a própria vida em risco em proteção de outrem… Mas como bem disse o Cel Perez, “não há satisfação maior!”.
Sonho de muitos e alcançada por poucos, muitas vezes, a carreira policial é interrompida, infelizmente, pelo envolvimento do policial com o mundo do crime.
Por que então, enveredar para o crime?
Pergunta um tanto difícil de obter a resposta. 
Vários devem ser os fatores que fazem um cidadão de bem migrar para o crime.
 
Escreveu o jornalista Roberto Villanova, do Blog do Bob:
“Que ninguém venha dizer que é o baixo salário, pois não é; que ninguém venha dizer que é a falta de condições de trabalho, pois também não é. Se fosse por isso a corrupção policial não existiria entre os que recebem os melhores salários e têm as melhores condições de trabalho.
Diga-se, então, que é a tentação quando se vive num mundo onde a expectativa permanente é o crime. E, especialmente, quando se cria uma certeza de impunidade que afeta a todos indistintamente. De tanto vê triunfar a impunidade o policial se sente desestimulado a combater o crime. É mais ou menos isso”.
Já para Walter Maierovitch, comentarista da CBN e colunista de Carta Capital, “enquanto não se desfalcar o patrimônio de uma facção criminosa e não se cortar o cordão umbilical do preso com a sua organização, nada se vai conseguir”.
Assunto um tanto polêmico. Deixo aqui dicas de leitura para que vocês, amigos leitores. Formem suas próprias conclusões.
“Cidade Partida”, do jornalista Zuenir Ventura
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Gostaria de encerrar o texto com parte do comentário de Alexandre Garcia, jornalista e comentarista de rádio e televisão, sobre a Polícia brasileira:
“…Outra diferença é que nos Estados Unidos, os policiais heróis são tratados como heróis, aqui policial herói é esquecido. O bandido é que é glorificado aqui, fica famoso porque é notícia.  Bom, vamos mudar de assunto porque esse assunto, de certa forma, é irritante para quem acha que devemos ser um país civilizado”. ( javascript:nicTemp(); )
Fontes:
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COLUNISTAS / João Barbosa

Lorenense, formado em Engenharia Química em 1995, pela então Faenquil, hoje EEL-USP (Escola de Engenharia de Lorena, da Universidade de São Paulo), é casado com Joice e possui dois filhos, João Vítor e Gabriel. Desde sua formação, atuou em grandes empresas do ramo alimentício; dentre elas, a Pullman Alimentos (Pão Pullman, como é conhecida), hoje Bimbo do Brasil.

Há alguns anos, buscou a realização de um sonho antigo e transformou-se em Investigador de Polícia da Polícia Civil do Estado de São Paulo. Atualmente, atua na Divisão de Homicídios do  DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) da cidade de São Paulo-SP.

E como aceitar desafios e ajudar ao próximo é sempre seu objetivo, com ele estaremos “Falando sério”.

“O sucesso nasce do querer. Sempre que o homem aplicar a determinação e a persistência para um objetivo, ele vencerá os obstáculos, e se não atingir o alvo, pelo menos se orgulhará de ter tentado”. (José de Alencar)


barbosajjs@globo.com

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