• SANTA CASA SECUNDARIO

FOTOS
VÍDEOS
COLUNISTAS / O saber acontece

Questionamentos

18/09/2015

Recebo com alegria o comunicado da Graziela Staut de que este site estará completando um ano “no ar”. O esforço dessa nossa amiga para manter o espírito jornalístico da família é notável. Mas, destaquei a expressão que todos usamos, pois a considero estranha. Nos tempos de radiodifusão e televisão, algo estaria no ar quando estava sendo transmitido, irradiado. Como devemos chamar agora o estabelecimento de um site?
Assim, aproveito a deixa para fazer outros questionamentos, que não pretendo responder aqui, apenas serão uma alfinetada para eventual discussão. E adorarei participar dela.
Com o advento dos motores com injeção eletrônica, dizem que já não é mais justificável soltar a embreagem, ou seja, deixar o carro desengatado quando em uma descida para economizar combustível. Esse alfinetada é técnica, passível de consultar o Dr. Google e tirar uma conclusão, mas estampo-a aqui.
Já foi comprovado que o tamanho da lua ou do sol, quando próximos à linha do horizonte, é o mesmo que quando estão no alto do céu. A impressão, poética em primeira instância, é exatamente o contrário. Poderíamos pensar em um efeito de lente da atmosfera, mas não. O que nos leva a esse redimensionamento dos astros?
O azul da cor e a palavra azulejo têm, comprovadamente, origens distintas. Por que, então, fazemos a analogia de um ao outro? Em alguns dicionários do passado, havia a correspondência que foi reavaliada depois. A etimologia é implacável.
O mundo cibernético nos prega alguma peças também. No advento da popularização dos computadores, dizia-se que o tempo em que as telas dos monitores ficavam ociosas poderia ser usado para decifrar registros vindos de radiotelescópios, contribuindo para o projeto de busca por inteligência alienígenas (SETI, no inglês). Balela! E, agora, com o projeto CAPTCHA de captura para adentrar certos sites, não seria o análogo para contribuir com leitura de textos antigos escaneados?
E assim fica esse primeiro conjunto. Nem cheguei perto de dogmas ou dúvidas existenciais, como de onde viemos e para onde vamos. Mas já será um petisco para refletir no fim de semana.

COLUNISTAS / Adilson Gonçalves

Pesquisador científico, formado em Química pela Unicamp. Foi professor na EEL-USP, em Lorena, por 20 anos, e atua na pesquisa de biocombustíveis e conversão de biomassa vegetal. Presidiu o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lorena por dois mandatos e é membro fundador da Academia de Letras de Lorena, tendo sido seu presidente por quatro anos.


priadi@uol.com.br

MAIS LIDAS