Cinefest Gato Preto traz a Lorena 72 produções de 24 estados brasileiros e também internacionais

A 11a edição do Cinefest Gato Preto, o festival de curtas-metragens da Fatea (Faculdades Integradas Teresa D´Ávila), começa nesta quinta-feira, 29 de outubro, e segue até domingo, 1º de novembro.

Neste ano, o evento teve 1114 inscritos, vindos de 24 estados brasileiros e de vários países. Foram analisados 681 curtas válidos e selecionadas 72 produções: 42 para as sessões competitivas e 37 para as sessões especiais. Além das 8 sessões competitivas, 8 debates correspondentes às sessões (direção de arte, roteiro, direção de som, direção de fotografia, montagem, direção, produção e elenco) e sessões especiais, o 11o Cinefest Gato Preto conta com oficinas, palestras, encontros com realizadores e outras atrações. As premiações totalizam R$ 5 mil.

Realizado há 10 anos pela Fatea, o Cinefest Gato Preto está contando, em 2015, com apoio do ProAC (Programa de Ação Cultural), da Secretaria de Estado da Cultura, e com a parceria da Prefeitura de Lorena, Trapézio Produções Culturais e Travessia Filmes. O evento vai homenagear a atriz Rosi Campos, conhecida como a Bruxa Morgana, e o cineasta Milton Santos.

“Nosso objetivo é estimular a produção local e promover a atividade artística no Vale do Paraíba”, afirma a coordenadora e idealizadora do evento, Prof. Me. Olga Arantes.

O produtor e um dos curadores, Vitor Fisch, destaca que os curtas selecionados estão entre os melhores que têm sido produzidos no Brasil atualmente. “São filmes que estão sendo reconhecidos em outros festivais e de realizadores que produzem regularmente, em alta qualidade. A realização de muitos destes curtas é impecável, mas o que mais impressiona são suas qualidades criativas e inventivas, suas propostas estéticas e maturidade de linguagem”, ressalta.

Oficinas

São cinco oficinas gratuitas, com vagas limitadas: Oficina de Roteiro em curta-metragem; Encontrando a Piada; Oficina de Direção de Arte; Oficina de Produção de Crítica Cinematográfica; Oficina de Máscaras e paper art.

A Oficina de Roteiro vai dar um prêmio de R$ 1 mil para produzir o curta-metragem, além de uma licença do software de escritura de roteiro StoryTouch, finalização e correção de cor pelo profissional Alexandre Cristofáro e uma consultoria de produção e itch com Fernanda de Capua.

Sessões

As sessões competitivas vão premiar dez categorias: arte, roteiro, som, fotografia, direção, produção, montagem e elenco.

Todas as sessões competitivas têm uma sessão de debate associada, com dois ou três realizadores.

As sessões especiais estão organizadas em três temas, trazendo 25 curtas na mostra “Infantil/juvenil”, 7 na mostra “Terror, bruxas, suspense e azar” e 5 na mostra “Latina”.

Homenagem

A edição de 2015 homenageia a atriz Rosi Campos, conhecida do grande público por seu papel de Bruxa Morgana do Castelo Rá-Tim-Bum. Ela se destaca não apenas por seu trabalho no cinema, mas também por seu enorme reconhecimento nos palcos e na televisão.

Haverá também um tributo à obra de Milton Santos, com a exibição de um documentário sobre o cineasta em uma sessão especial.

Palestras

Serão promovidas três palestras: Sustentabilidade no Cinema, O Boom em Quadro! e Animação Digital.

Programação paralela: XI Cinefest Gato Preto

Oficinas

– OFICINA DE ROTEIRO DE CURTA-METRAGEM – Nesta oficina, são apresentados os elementos e técnicas fundamentais da escrita de um roteiro e os alunos aprendem na prática: passam pelas etapas de elaboração até chegarem a um roteiro de curta-metragem escrito por eles mesmos. O melhor roteiro produzido na oficina concorre a um prêmio de R$ 1 mil para a produção do curta-metragem, uma licença do software de escritura de roteiro StoryTouch, finalização e correção de cor pelo profissional Alexandre Cristofáro, consultoria de produção e Pitch com Fernanda de Capua, divulgado na cerimônia de premiação do festival dia 1° de novembro.
Professora Julia Alquéres – roteirista, escritora e professora. Ministra oficinas de leitura e de cinema, colaborou com roteiros para a série Que Talento!, do canal Disney Channel, e para o reality show Troca de Família, da TV Record. É uma das autoras do livro “21 poetas de hoje em (dia)nte” (Letras Contemporâneas) e do documentários “Estão voltando as flores”, sobre cinco soropositivos com mais de 50 anos.
De segunda à sexta (26 a 30 de outubro de 2015), das 9h às 12h e das 14h às 17h. Faz parte da oficina assistir a sessão de roteiro e a participação no debate. Total: 30 horas. Local: Auditório Clarice Lispector – Fatea.

– OFICINA ENCONTRANDO A PIADA – Um Workshop destinado a atores, diretores e roteiristas que procuram caminhos para produzir humor. O conteúdo consiste em entender alguns fundamentos do texto cômico, estudar os arquétipos de personagens das sitcoms norte-americanas e estudos práticos de leituras e cenas desses seriados em sala de aula.
Professor Paulo Leierer – formado em cinema na FAAP e, desde lá, teve sorte de conseguir trabalhar na área. Dirige filmes publicitários, institucionais e curtas. Em destaque, tem uma série do YouTube, a “O Que Tem Pra Hoje”, que fez um reativo sucesso e foi vendida pra TV a cabo, Netflix e outros. Atualmente, teve um projeto contemplado no fundo setorial do audiovisual, e será seu primeiro longa.
Sábado e domingo, 31 de outubro e 1º de novembro, das 14h às 17h. Total: 6h. Local: Sala de Dança – Fatea. 25 vagas.

– OFICINA DE DIREÇÃO DE ARTE – Introdução à direção de arte numa obra audiovisual. Como se dá seu desenvolvimento na concepção de um filme e as diferentes funções dentro do departamento. Depois das aulas expositivas, os alunos desenvolvem um projeto de direção de arte a partir de um roteiro dado, gerando um debate de conclusão do curso.
Professora Amanda de Stefani – formada em Cinema pela Fundação Armando Álvares Penteado, Amanda trabalha desde 2005 no mercado do audiovisual de São Paulo, no departamento de arte. Trabalhou como diretora de arte, produtora de objetos, cenógrafa e figurino em cinema (curtas e longas-metragem), teatro e publicidade. http://www.amandadestefani.com/
De quarta à sexta (28 a 30 de outubro), das 16h às 18h40. Total: 10h. Assistir à sessão de direção de arte e a participação no debate fazem parte da oficina. Local: Sala 39 – Fatea. 25 vagas.

– OFICINA DE PRODUÇÃO DE CRÍTICA CINEMATOGRÁFICA – A oficina de crítica cinematográfica objetiva proporcionar um ponto de encontro para cinéfilos ou pessoas em geral que possuem interesse em aprender a analisar um filme do ponto de vista do crítico. Os encontros ocorrerão durante cinco dias e a oficina terá um caráter prático-teórico, que primeiramente abordará as principais técnicas utilizadas pelos críticos nos diversos veículos de imprensa e, num segundo momento, os participantes serão convidados a acompanhar as sessões competitivas do festival, escolher um filme e escrever uma crítica do curta. Os textos serão compartilhados durante a oficina com os demais participantes e um crítico mediador dará prosseguimento às questões teóricas a partir do próprio texto dos alunos.
Aula magistral.
Quinta-feira, 29 de outubro, das 10h às 13h. Local: Sala 39 – Fatea.

– OFICINA DE MÁSCARAS E PAPER ART – Venha explorar o lado obscuro da sua criatividade e descobrir a oficina de máscaras, modestamente aterrorizante neste Halloween, no Cinefest Gato Preto! Com materiais simples, como papelão e cola quente, você vai ver que fazer uma máscara original pra sua festa à fantasia não vai ser nenhum bicho de sete cabeças! Ou será?
O inscrito está convidado para assistir à sessão de terror, suspense, bruxaria e azar e depois sair para festejar com a equipe do Festival com sua máscara.
Com: Teresa Sbardellati | Ateliê Modestamente Revolucionário. Teresa começou a trabalhar na Itália, na equipe da série da HBO “Roma” e, em seguida, no filme “Anjos e Demônios”. De volta ao Brasil em 2008, começou a atuar em diversas funções no departamento de arte. Participou de longas-metragens como “As Melhores coisas do Mundo”, “Serra Pelada”, “De Menor”, entre outros. Em 2011, criou o Ateliê Modestamente Revolucionário, uma empresa especializada em confecção de objetos para cenografia e figurino; desde então, desenvolve projetos para campanhas publicitárias de grande porte, eventos de rock, cinema, etc. Junto com o diretor Lucas Melo, Teresa é co-criadora do canal do Youtube “Ideias Épicas”, um projeto de vídeos educativos sobre curiosidades e ciência que usa uma narrativa lúdica e uma estética colorida. http://www.modestamenterevolucionario.com/
Dia 31 de outubro, Dia das Bruxas, Sacis e Fadas, das 17h às 20h. Local: Sala de Exposição – Fatea. 25 vagas.

– Encontros matinais para leitura das críticas produzidas – De sexta a domingo (30 e 31 de outubro e 1° de novembro), das 10h às 12h. Local: Sala 39 – Fatea.
É imprescindível assistir pelo menos uma sessão de curtas por dia durante o Festival. Os melhores textos serão divulgados no site do Festival. No domingo, dia 1º de novembro, serão premiados alguns dos melhores textos durante a cerimônia de encerramento da oficina. 25 vagas.

Palestras

– SUSTENTABILIDADE NO CINEMA – dia 29 de outubro, às 18h, no Auditório Clarice – Fatea.
Sustentabilidade ainda é um conceito desconhecido para muitos, mas já ganha espaço na agenda política e de empresas no mundo todo. Na indústria cinematográfica, entretanto, esse é um tema que passa quase desapercebido. Muitos são os filmes que tratam de temas ambientais e sociais. Mas o que tem feito essa indústria para inserir a sustentabilidade como uma questão realmente relevante no seu negócio? Nesse debate, os possíveis caminhos da sustentabilidade encontrados no mundo do cinema.
Com Ana Fisch – formada em Relações Internacionais e especialista em indicadores sociais, Ana é sócia e consultora da Avesso Sustentabilidade, participa do coletivo VACa de produções culturais e é santista de coração. No CineFest Gato Preto, é curadora auxiliar, apoia as práticas de sustentabilidade e coordena o receptivo dos convidados.

– O BOOM EM QUADRO! – dia 30 de outubro, às 17h, na Sala de Exposição – Fatea.
“A realidade do microfonista dentro da ficção”. O microfonista Marcelo Grell apresenta as principais dificuldades encontradas no set de filmagens e aborda as soluções que ajudam o operador de Boom e seu assistente a realizarem seu trabalho. No bate papo, ele falará sobre a postura do profissional de áudio dentro do set, a importância do diálogo com as áreas de direção, fotografia e operador de câmera, elétrica, maquinaria, platô e figurino. A palestra será expositiva, com exemplos de posicionamento em condições reais de filmagem, e terá apoio de equipamento para ilustrar as situações mais críticas do trabalho do microfonista, seja operando o Boom, seja trabalhado com os microfones de lapela.
Com Marcelo Grell – formado em Relações Públicas, estudou áudio profissional em 2007 e iniciou sua carreira no audiovisual em 2010. Trabalhou como Técnico de Som Direto para programas de TV, entre eles Missão Pet (NatGeo); Breakout Brazil (Sony Spin); Back Track (VH1). Na ficção, foi microfonista das séries PSi (HBO); O Negócio – segunda temporada (HBO); Motel (HBO); Felizes para sempre? (2 filmes/ TV Globo); Carrossel – O Filme (Paris Produções); Malasartes e o Duelo Com a Morte (2 filmes); Elis (Zulu Filmes).

– ANIMAÇÃO DIGITAL – dia 30 de outubro, às 18h, na Sala de Exposição – Fatea.
A Animação Digital tem sido utilizada cada vez mais em diversas áreas, do entretenimento à educação. Cada dia mais vemos filmes, séries, jogos e aplicativos utilizando esta técnica. Se você gosta de animação e quer saber como estes projetos são produzidos, assista à palestra de João Luís Boldrini, diretor da Melies, uma faculdade brasileira indicada no ranking mundial como a 10ª melhor Escola de Animação do mundo. Você vai conhecer todas as etapas para a produção de um filme de animação e saber também das áreas e profissões que utilizam esta técnica, além de ver alguns filmes que a Melies já produziu nestes 10 anos de história.
Com João Luis Haidamus Boldrini – engenheiro civil formado pela Universidade São Francisco e modelador 3D formado pela Vancouver Film School. Durante sua carreira, atendeu clientes como Honda Fit, Motorola, Pepsi, entre outros.
Será sorteada uma bolsa de estudo de um curso online da escola Melie. O aluno poderá escolher entre modelagem digital (transmutação), edição (moviola) ou de motiongraphics (motion). http://www.melies.com/

Exposição de Cartazes do XI Cinefest Gato Preto

De 26 de outubro a 1º de novembro, ficam na Sala de Exposição, 1º andar do edifício Teresa de Jesus, Fatea, os cartazes dos filmes selecionados para a XI edição do Cinefest Gato Preto.

Além de expostos os cartazes concorrem a um dos prêmios do Festival, que será divulgado no dia 1º de novembro, na cerimônia de encerramento.

Encontro dos Realizadores do Vale Do Paraíba

Diante das dificuldades para a realização de curtas-metragens, mas de sua crescente produção, faz-se necessário um encontro entre os realizadores do Vale do Paraíba, para conversar sobre o estado atual de seus projetos, trocas de informação, criação de uma rede de realizadores e fomento ao desenvolvimento de novos projetos. O Gato Preto acha importante uma mobilização local, de fomento à criação de um grupo cada vez mais coeso e diverso, buscando juntar forças para o cinema do Vale do Paraíba.
Dia 1º de novembro, às 15h – Fatea.

11 edições de Gato Preto

Em 2005, o cinema completava oficialmente 110 anos. “Costumamos dizer que o cinema é a única forma de arte com data e horário de nascimento, pois surgiu numa sessão realizada à noite do dia 28 de dezembro de 1895, no Café Chat Noir (Gato Preto), do Boulevarddes Capucines, em Paris”, conta a coordenadora e idealizadora do projeto, profa Olga Arantes, juntamente com a Ir. dra. Olga de Sá, ex-diretora da Fatea e presidente do Cine Clube de Lorena.

Nesta primeira demonstração pública, estiveram presentes 33 pessoas, que pagaram um franco cada uma para ver o que era anunciado como grande fenômeno: imagens em movimento. O primeiro programa foi formado por filmes curtos. Entre eles, “Operários saindo da fábrica”, “Chegada de um trem”, que os irmãos Louis (1864 – 1948) e Auguste (1862 – 1954) Lumière filmaram, em 19 de março de 1895. Ninguém poderia imaginar que estava nascendo ali uma das mais poderosas indústrias do século.

Em 2005, o Cine Clube de Lorena (fundado em 15/9/1964), que funciona na Fatea, lançou a 1ª edição do Festival Gato Preto, com a cineasta Suzana Amaral como presidente do júri, atendendo ao sonho de tornar Lorena um pólo reconhecido de cinema. Este sonho está prestes a ser realizado.

O XICinefest Gato Preto pretende ampliar e fortalecer o evento, transformando o Gato Preto em uma referência do cinema na região, mas com abrangência nacional; alcançar um reconhecimento no meio cinematográfico; atrair filmes de prestígio, maior público, assim como estimular a produção local e promover a atividade artística no Vale do Paraíba.