Prometo falar de gaiolas abertas e vazias
e de pássaros, neste momento,
em que voam facas, balas perdidas,
sereias políticas e bombas terroristas.
Prometo fazer barreiras nos rios Amazonas,
e no que restou do rio Doce,
de barcos na madrugada,
tomando conta para que os gringos
não roubem a nossa herança guardada,
neste cenário louco,
dominado por estrangeiros,
garimpeiros do mundo inteiro,
inclusive nas terças-feiras
mais cinzentas e sem graça.
Prometo falar e recordar
das conjecturas dos astrônomos egípcios,
que perguntavam se nossas poderosas constelações
não seriam planetas infinitos,
girando em torno de sóis,
e se novos mundos e novos sóis,
não estariam sendo criados?
Prometo desvendar o Segredo,
o eterno mistério,
e mergulhar no incompreensível,
libertando-me do domínio
da mente e do meu tempo.
Prometo transpassar além
do alcance dos olhos e da mente,
pois “o essencial é sempre invisível aos olhos”.
E prometo enxergar o que está atrás das cortinas,
das vidraças, das nuvens e recuperar a visão.
Mas sei que o poeta,
não vai salvar a cidade, o planeta, a nação,
embora exista uma virótica esperança.
E a esperança começa na poesia,
onde começam os sonhos, os devaneios, as fantasias.
O poeta sabe que apenas a musa, a lua e o leitor,
entendem seus poemas.
Membro fundadora da Academia de Letras de Lorena, da qual é atualmente a diretora Cultural, Regina Rousseau é licenciada em Pedagogia, professora, escritora e aprendiz de poeta. Compõe versos simples, melódicos e suaves para si mesma e para seu leitor. Em 1998, editou seu primeiro livro de poesias, “O Canto do Rouxinol”. Escreveu outros romances, ensaios e crônicas, muitos a serem editados. Escreveu no jornal Guaypacaré por 16 anos, uma coluna semanal; atualmente, escreve no jornal “O Lorenense”, no Cantinho Literário.
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