Ar-condicionado pode se tornar o vilão da conta de luz

Em alguns casos, o uso contínuo do aparelho chega a representar aumento de até 118% na conta de energia residencial

Nas altas temperaturas do verão, o ar-condicionado pode se tornar o grande vilão dos gastos de uma residência, e ser o responsável por um aumento significativo no valor da conta de luz. A EDP, distribuidora de energia elétrica para as regiões do Alto do Tietê, Vale do Paraíba e Litoral Norte, dá dicas que podem ajudar a diminuir o consumo do aparelho, sem deixar de lado o conforto para a família.

De acordo com Marcos Scarpa, relações institucionais da EDP, “o consumo consciente de energia começa com a escolha do aparelho que atenda adequadamente à necessidade do local onde será instalado. O circuito elétrico interno também precisa ser adequado para receber a alta potência do equipamento. Presente nos eletrodomésticos e considerado um indicador dos níveis de eficiência energética, o Selo Procel deve ser observado na hora da compra”, afirma o executivo.

O Selo Procel reconhece os equipamentos considerados faixa “A” da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), instituída pelo Inmetro, ou seja, todos os equipamentos que têm essa certificação são mais eficientes e contribuem para a preservação do meio ambiente, além de reduzir a conta sem diminuir o conforto.

Um aparelho de ar-condicionado de 7.500 BTU/h, do tipo janela, por exemplo, ligado durante oito horas diárias, gasta em média 126 KWh por mês. Convertendo em reais, o equipamento pode ocasionar um incremento de até 118% na conta de energia de uma família que consome, em média, 150 kWh por mês, ou seja, o valor da fatura mensal pode saltar de R$ 99,06 para cerca de R$ 216,32 (tarifa residencial com tributos e bandeira vermelha, sem considerar a taxa de Iluminação Pública).

Dicas para tornar o ar-condicionado mais eficiente

– Coloque o aparelho em uma área de bastante circulação de ar e, de preferência, no alto – já que o ar frio desce em relação ao quente, tornando mais eficiente a refrigeração;

– Limpe o filtro pelo menos uma vez por mês;

– Desligue-o toda vez que você for se ausentar por um período longo;

– Mantenha janelas e portas fechadas para evitar a evasão do ar refrigerado;

– O sistema de refrigeração deve ser instalado e dimensionado corretamente para funcionar bem e manter a eficiência para o qual ele foi projetado.

– Não tampe a saída de ar do aparelho;

– Proteja a parte externa do ar-condicionado da incidência do sol, sem bloquear as grades de ventilação.

Entenda o funcionamento do ar-condicionado

O ciclo de trabalho de um aparelho de ar-condicionado compreende resfriamento e ventilação. Quando se exige uma temperatura muito baixa, o consumo de energia será muito maior. Por conta disso, recomenda-se manter uma temperatura de 24ºC, compatível com o conforto humano, para que o compressor do aparelho não precise trabalhar durante um longo tempo.

Em dias com temperaturas mais amenas, um ótimo recurso é a substituição do ar-condicionado pelo ventilador. “Os ventiladores, principalmente os de teto, são uma solução mais econômica para arejar o ambiente. Quando utilizados na velocidade média, podem consumir até 11 vezes menos que um ar-condicionado”, reforça Scarpa.

A EDP destaca ainda que o uso eficiente e racional da energia elétrica, aliado à conscientização e eliminação dos hábitos que levam ao desperdício, pode auxiliar na redução do consumo de energia, resultando em economia doméstica e preservação dos recursos naturais.

Confira quanto o ar-condicionado pode aumentar a conta de energia

*Os valores em reais são correspondentes à tarifa residencial com tributos e bandeira vermelha, sem considerar a taxa de Iluminação Pública. Vale lembrar que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Estado de São Paulo varia de acordo com a faixa de consumo do cliente. Até 90 kWh/mês, o consumidor é isento; de 91 a 200 kWh/mês, acréscimo de 12%; e acima de 201 kWh/mês, acréscimo de 25% sobre o consumo.