Descubro que no final do ano letivo, milhares de livros são descartados pelas escolas públicas porque não foram usados ou foram substituídos por outros, de edições mais novas, e não há local para armazená-los. Os programas de livro didático foram um notável avanço no fornecimento de material de estudo para alunos, uma vez que o livro impresso tornou-se caro para a aquisição individual. No entanto, parece que não existe a preocupação de alocar adequadamente os exemplares, verificar se não são necessários em outros lugares ou mesmo estimular os alunos para que deles se apossem, cuidem e se engrandeçam. O permanente conteúdo do saber passa a ser, também, descartável. Feito quase tudo com que se convive na atualidade, de bens a males.
Com o tempo, edições são revistas para correções e ampliações. Em ciências naturais (química, física e biologia), os conceitos mudam pouco, mas podem ser contemporaneizados com exemplos mais próximos à realidade do estudante. Matemática e linguagens, idem. Talvez o mais dinâmico seja o conjunto das Humanidades, pois a percepção social é temporal. Não entro nessa discussão agora, ainda mais que é o ódio que está predominando as manifestações políticas e é daí que saem as interpretações históricas, filosóficas e congêneres.
Assim, o livro didático de meu colega de turma Eduardo Leite do Canto (que publica com seu parceiro o já clássico Tito-Canto) é atualíssimo, apesar de o exemplar que eu possuir ter sido editado há mais de 10 anos. Recebi uma cópia de outro livro de conteúdo muito semelhante, edição do professor, pertencente a uma série intitulada “Ser Protagonista”, adotado em escolas – mas também por alguma delas descartado, por isso chegou até mim, por ser do programa vinculado à Fundação Nacional de Desenvolvimento da Educação cujo triênio expirou em 2014.
A proposta em minha escola é levar um livro para cada aluno de cada uma das matérias do núcleo comum do ensino médio. Que a abundância de livros se traduza em amplo acesso ao conhecimento, para ser transformado em saber por e com esses jovens.
Pesquisador científico, formado em Química pela Unicamp. Foi professor na EEL-USP, em Lorena, por 20 anos, e atua na pesquisa de biocombustíveis e conversão de biomassa vegetal. Presidiu o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lorena por dois mandatos e é membro fundador da Academia de Letras de Lorena, tendo sido seu presidente por quatro anos.
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