Adilson Roberto Gonçalves
Nascemos num meio e nesse ambiente nos desenvolvemos. Somos animais políticos, inquestionável fato, mesmo que haja os que o queiram negar. Cresci em classe média baixa que almejava chegar lá, fosse esse “lá” onde fosse. Os entraves sociais se mesclavam com os culturais e políticos. Minha infância foi no final da ditadura. Somente no ensino médio convivi com professores que falavam mais abertamente de lutas políticas. Após isso, a universidade trouxe-me o mundo tal qual ele realmente era.
Terminada a graduação, senti a necessidade de expressar opiniões de forma escrita e as cartas para jornais e revistas foi o meio encontrado. Não parei mais, já passando do milhar as enviadas e de centenas as publicadas, plasmando, aos poucos, o que realmente penso. Não sem controversas e críticas: representantes do governador e de prefeitos da região já me escreveram ou telefonaram para, digamos, pressionar que eu me retratasse ou mudasse o conteúdo do que fora escrito e publicado. Diverti-me com essa presunção de importância, sem, é claro, ceder.
Participei de um projeto de educação ambiental nas férias e da semana do meio ambiente organizados pela Prefeitura de Campinas quando era professor de química em escola estadual de periferia. Àquela época, junto com professores de ciências, matemática, artes e português, estive envolvido em projeto sobre a termelétrica que estava sendo instalada em Paulínia, pólo da petroquímica. Mais de 20 anos depois, desenvolvemos as ações contrárias à instalação da termelétrica de Canas, por meio da atuação do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lorena – o COMMAM, que ajudei a constituir e presidi por quatro anos. Aqui, apesar dos esforços davídicos, foi onde mais reconhecimento houve, com placas e prêmios. Em Lorena, tudo havia começado com as reuniões para a estruturação da Agenda 21 e do Comitê de Águas no Município. Dentro da Faenquil, depois USP, vieram as participações no Comitê de Bacias Hidrográficas do Paraíba do Sul e na Comissão de Estudos de Problemas Ambientais daquela Universidade.
O saudoso Jornal Guaypacaré sempre abriu espaços para a divulgação dessas atividades e opiniões e formação desse perfil, porém sei que ainda falta um sumário sobre arborização urbana, devido há alguns anos aos colegas ambientalistas. Ele virá.
Pesquisador científico, formado em Química pela Unicamp. Foi professor na EEL-USP, em Lorena, por 20 anos, e atua na pesquisa de biocombustíveis e conversão de biomassa vegetal. Presidiu o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lorena por dois mandatos e é membro fundador da Academia de Letras de Lorena, tendo sido seu presidente por quatro anos.
Assistindo ao filme “Guerra dos Mundos”, versão de 1953, com Gene Barry e Ann Robinson, alguns pontos referentes ao conhecimento científico da época chamam a atenção, além, é claro, dos […]
A origem da vida neste planeta tem instigado cientistas, filósofos e, é claro, toda sorte de ficcionistas. Já me parece complexo saber que ao longo de milhares de anos, as […]
Os questionamentos da semana passada ainda permanecem. Não recebi respostas ou compartilhamento das mesmas dúvidas. Deixemos assim, um pouquinho mais de amadurecimento para ver se dali algo advém. Adentro a […]
Recebo com alegria o comunicado da Graziela Staut de que este site estará completando um ano “no ar”. O esforço dessa nossa amiga para manter o espírito jornalístico da família […]
O mundo é um pouco maior que uma laranja. Corrigindo: é até menor que um caroço de azeitona. Comparações fortuitas originadas nas coincidências e encontros de pessoas em situações inesperadas. […]
Minha formação humanística foi muito precária. Adentrei a escola pública na infância em pleno auge da ditadura militar e não tive contato com disciplinas importantes como Sociologia ou Filosofia. No […]
O inverno definitivamente vai se acabando, mesmo antes do anúncio da primavera. Sucessão de períodos muito quentes e secos, com alguma chuva esperançosa por esses dias, mas não suficiente para […]