Escrever é o início do contato com o mundo. Aprendi cedo a ler, perto dos 6 anos, antes de adentrar o ensino formal. As vizinhas me ensinaram (depois foi minha tia Francisca quem me iniciou no inglês, mas é outra história). Lia muito, mas somente aos quinze anos descobri que poderia também escrever algo. E “Pássaro prisão” foi meu primeiro poema, escrito no calor da indignação do preconceito do gerente da loja de tintas em que eu trabalhava com um freguês negro (na época não era cliente) que havia entrado para perguntar preços e nada comprou. No papel de embrulho na forma de rolos com o logotipo (agora logomarca) da loja, rascunhei o poema que inscrevi meses depois no festival do colégio; fui vencedor tendo sido esse o primeiro troféu guardado. Somente em 2003, no Painel Brasileiro de Novos Talentos, da Câmara Brasileira de Jovens Escritores, o poema veio a ser publicado.
Verso de folhas já usadas foi o meio preferível para colocar minhas angústias e críticas. Ao longo do tempo, procurei agrupá-las em cadernos para não perdê-las. Muitas brochuras e espiralados se acumulam nas estantes e vez por outra releio aquelas linhas para novas inspirações ou mesmo transcrições para submeter a certames literários.
A participação no concurso de cartas de amor, de iniciativa do professor Nelson Pesciotta, trouxe novos desafios e até me levou a aparecer na televisão. Passei a ousar mais e me expor. E também a me arriscar, pois o que está intrincado em nossas entranhas é difícil de se revelar. Quando se exprime pela escrita, algo fica faltando. Sempre. O convite indireto da Professora Maria Luiza Reis Baptista me trouxe à Academia de Letras de Lorena e hoje já passou de uma centena os poemas, contos e outros textos curtos de ficção publicados em antologias.
Assim, finalizo o ano de 2015 com essa coluna – ou texto – de número 50 em O Lorenense, versão digital em um mundo virtual, mas cada vez mais real.
Pesquisador científico, formado em Química pela Unicamp. Foi professor na EEL-USP, em Lorena, por 20 anos, e atua na pesquisa de biocombustíveis e conversão de biomassa vegetal. Presidiu o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lorena por dois mandatos e é membro fundador da Academia de Letras de Lorena, tendo sido seu presidente por quatro anos.
O desgostoso mês de agosto trouxe alguma movimentação no âmbito da ciência, tecnologia e educação, nem sempre prazerosa. Tracei alguns comentários a notícias publicadas, notadamente na Folha de S. Paulo, […]
A palestra “Tendências em Iluminação e Efeitos da Luz Azul” foi ministrada pelo pesquisador Daniel den Engelsen, que não domina o português, mas constrói bem as frases para uma apresentação […]
Este foi o título da palestra que proferi na Semana do Meio Ambiente, no Instituto Federal de São Paulo, campus Hortolândia, uma parceria com a prefeitura daquela cidade. Levei um […]
Seleção para um curso de jornalismo científico na Unicamp e uma das provas foi a elaboração de um texto discursivo, baseando-se na participação do Brasil no telescópio internacional em construção […]
A vida nada mais é que uma sucessão de oxi-reduções, como declaro ad nauseum em casa. O conhecimento do mundo de forma racional é o que nos faz suportar melhor […]
O espaço jornalístico para a divulgação da ciência é cada vez menor. Mesmo considerando a quase infinitude do espaço virtual, pouco é dedicado à divulgação e discussão do conhecimento, de […]
O mundo saiu às ruas para alertar e protestar. Em movimento coordenado, otimizando energias e racionalizando as frases, cientistas realizaram marchas nas principais cidades do planeta para denunciar os cortes […]