Há aproximadamente seis meses, a Santa Casa de Lorena desenvolve o projeto chamado “Visita Aberta”, que proporciona às crianças internadas na UTI Neonatal do hospital o contato com os irmãos.
A visita, monitorada pelos pais e médicos, tem um importante papel não só no desenvolvimento do bebê, como também no entendimento e comportamento dos irmãos mais velhos que visitam a criança.
Para dra. Claudia Caltabiano, psicóloga clínica da Santa Casa de Lorena, esse contato entre os irmãos beneficia todos os envolvidos, assim como fortalece os laços familiares. “Para as crianças que estão em casa esperando a chegada dos irmãos, é difícil entender o porquê de eles terem nascido e não estarem em casa. Na fase de desenvolvimento que acontece dos dois aos sete anos, a criança começa a distinguir o significador (imagem, palavra ou símbolo) daquilo que ele significa (o objeto ausente). Sendo assim, a criança assimila melhor informações que ela possa visualizar e vivenciar, dando significado a elas”, afirma.
A psicóloga Claudia Caltabiano com Larissa e sua mãe, Stela Pereira
Ela conta ainda que é natural as mães passarem mais tempo no hospital com o bebê, e para a criança que fica em casa é importante saber entender que não existe um abandono, mas sim uma atenção voltada ao irmão ou irmã que está no hospital. “Quando a criança vê o bebê, ela passa a entender que ele existe de fato e que a mãe, quando ausente, está cuidando do mesmo”.
Dra. Claudia afirma que esse contato é importante também para os pais que ficam divididos entre a atenção dada à criança em casa e ao bebê internado. “Com as visitas, o vínculo da família se fortalece e a ansiedade da criança mais velha diminui muito”, afirma. “Quanto ao medo de expor a criança ao ambiente hospitalar, o trauma ou má impressão não ocorre, uma vez que elas ainda não têm um pré-conceito sobre o que é um hospital e não o associam a algo ruim”, finaliza.
Um dos casos do projeto Visita Aberta da Santa Casa de Lorena aconteceu com Stela Mileine Antunes Pereira, mãe da Letícia e Larissa, que nasceu com 26 semanas de gestação.
Larissa passou 71 dias internada antes de poder ter o primeiro contato físico com a irmã, colocar roupinha, sair da incubadora e ainda mamar pela primeira vez no seio da mãe.
Stela conta que sua outra filha Letícia, de três anos, sempre quis ter uma irmã e começou a se sentir frustrada por não entender onde estava o bebê depois que ele supostamente nasceu. “A Letícia sempre pediu para o Papai do Céu uma irmã e ficou muito feliz com minha gravidez, inclusive foi ela quem escolheu o nome da irmã, e participou ativamente da gestação. Quando a Larissa nasceu prematura e teve que ficar internada, a Letícia começou a perguntar por que eu tinha voltado sem a Larissa e dizer que o Papai do Céu não tinha atendido o pedido dela. Mesmo eu explicando a ela que a irmãzinha estava no médico, ela não entendia. Resolvemos trazê-la e as consequências foram ótimas”, conta a mãe.
A mãe afirma ainda que “o projeto é importante para as crianças que visitam os irmãos e para os bebês que estão internados. A Larissa teve a oportunidade de sentir que a família dela está com ela. Que ela ainda não foi para casa, mas que estamos aqui”.
A implantação de protocolos e rotinas psicológicas na UTI Neonatal da Santa Casa de Lorena conta ainda com outros métodos reconhecidos, como as técnicas Mãe Canguru e Redinha, que melhoram a qualidade de vida dos recém-nascidos e os estimulam ao rápido desenvolvimento e recuperação.
O hospital entende que a prematuridade pode causar a desconstrução da maternidade idealizada e por isso incentiva a construção dos vínculos pais-bebê e irmãos-bebê. A inclusão do irmão no processo de internação reduz ainda a ansiedade produzida pelo afastamento materno, colaborando com a rotina familiar. Na Santa Casa de Lorena, a “Visita Aberta” aos irmãos prematuros internados na UTI Neo acontece todas as quintas-feiras, das 10h às 11h.
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