Por Camila Loricchio
Sim, já passou o Carnaval. Já passaram os bloquinhos, já passaram as bandas, os trios elétricos, a galera correndo cheia de glitter… Foi tudo muito bom, foi tudo super legal, teve música, teve dança, teve a gente se esquecendo de se hidratar, teve a gente conhecendo gente nova e criticando comportamentos que não deveriam ser aceitos pra poder curtir nosso Carnaval em paz. Enquanto você tenta tirar esse glitter grudado até na sua alma antes que o próximo Carnaval chegue, chega junto pra um pensamento.
Vamos juntar algumas frases aqui:
Dizem que o ano só começa depois do tal Carnaval.
O Ano Chinês do Macaco (yey, Macaco! Desculpem, sou de 92, sinto uma proximidade grande com esse animal do zodíaco…) começou em 8 de fevereiro de 2016. Eles nem seguem o tal calendário solar que seguimos. No caso deles, é o lunissolar.
Eu poderia também trazer os paralelos dos calendários judaico (hoje, dia 9, seriam os 29 do mês de Shevat do ano 5776) e islâmico (29 de Rabi’ath-Tani do ano 1437) que consideram a lua como guia para a passagem do tempo.
Então me digam, como o ano começa depois do Carnaval? Não importa como você conte a passagem do tempo, seja pela lua ou pelo sol, ele não para só porque você teve vontade de postergar as responsabilidades pra depois de curtir seu bloco de rua. Até porque a maior parte do mundo nem acompanha nosso calendário dessa forma.
Nós temos 12 meses (esse ano com um diazinho extra, yey) para viver esse 2016. Perder (vejamos, 31 dias de janeiro… mais 9 contando com hoje…) 40 dias de um ano inteiro como se ele não houvesse começado é perder quase 11% de um ano cheio de potencial.
“Nossa, Camila, mas só porque a gente fala que o ano começa depois do Carnaval, não quer dizer que não faça nada antes”, bem, cara pessoa, quer dizer que todas aquelas promessas, todos aqueles planos que você faz toda virada poderiam ter sido começados 40 dias antes. E quanta coisa não se pode fazer em 40 dias?
Esses pensamentos não são direcionados para o Carnaval, mas a como encaramos esse feriado como um divisor de águas que já começaram a passar. Que… opa. Passou.
Sobre a autora:
Camila Loricchio é designer, blogueira no Castelo de Cartas, autora da (em progresso) Trilogia das Cartas (Com Castelo de Cartas – Valete e o Dama já publicados) e às vezes vai dar umas bandolas se perdendo nos girassóis de Van Gogh, mas sempre volta a tempo para dar continuidade ao mestrado que faz em Itajubá.
Espaço reservado às produções dos acadêmicos da Academia Jovem de Letras de Lorena. Membros da AJLL: Beatriz Neves, Camila Loricchio, Danilo Passos, Gabriela Costa, Gustavo Alves, Gustavo Diaz, Heron Santiago, Isnaldi Souza, Jéssica Carvalho, João Palhuca, Julia Pinheiro, Lelienne Ferreira, Lucca Ferri, Samira Tito, Thiago Oliveira, Vânia Alves e Wagner Ribeiro.
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