“A cidade de Lorena é considerada um município infestado pelo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, desde 2010, conforme estabeleceu a Sucen-SP (Superintendência de Controle de Endemias do Estado)”, vem alertando, há anos, o educador de Saúde da Vigilância Epidemiológica Municipal, David Quadros.
David lembra que Lorena sofreu duas epidemias de dengue, sendo a primeira em 2011, com aproximadamente 3.000 casos; e a última no ano de 2015, com aproximadamente 1.600 casos confirmados da doença. Lembrando que o número de casos reais é muito maior do que os confirmados, pois muitas pessoas sequer chegam a realizar o exame para confirmar a doença.
“Mesmo durante o inverno de 2015, manteve-se a transmissão do vírus em baixa quantidade. Entramos em 2016 com perspectivas preocupantes, pois é alta a probabilidade de uma nova epidemia de dengue neste ano. Até o momento, temos 70 casos confirmados”, afirma David.
O verão e os novos riscos envolvidos
Com o aumento progressivo das temperaturas e das chuvas, é provável um crescimento da infestação e um risco maior das pessoas serem picadas e infectadas.
Além disso, David Quadros lembra que existem duas novas doenças: a febre Chikungunya e o Zica vírus, que também têm como transmissor o mosquito Aedes aegypti.
“É a primeira vez que temos tantos riscos envolvidos à reprodução deste mosquito no Brasil. A febre Chikungunya pode gerar fortes dores, em especial nas mãos e punhos, e estas podem inclusive incapacitar as pessoas para o trabalho por até 6 meses ou mais. Já o Zika vírus está relacionado ao aumento gritante de casos de microcefalia em bebês, quando as gestantes em início da gravidez são infectadas. Estas crianças podem ter sequelas graves e irreversíveis, como problemas de audição, visão, locomoção, cognição, entre várias outras”, registra David.
Existe o risco destas novas doenças atingirem Lorena?
“Sim”, afirma David, sem titubear. “Todos os municípios infestados pelo Aedes aegypti podem ser assolados por estas doenças, visto que o modo de transmissão é o mesmo: a picada por fêmeas infectadas por um destes novos vírus. Portanto, basta uma pessoa infectada visitar Lorena e ser picada para que se surjam casos de transmissão da febre Chikungunya e do Zika vírus em nosso município”, explica.
Força-tarefa realiza trabalhos de mobilização e combate ao mosquito
Nas últimas semanas, vem sendo realizado um trabalho em conjunto, uma força-tarefa formada por agentes de combate a endemias, agentes comunitários de saúde, Forças Armadas e Defesa Civil. São muitas pessoas nas ruas, bairro por bairro da cidade, fazendo um trabalho de mobilização e combate ao mosquito Aedes Aegypti.
Com o tema “O perigo triplicou”, a campanha tem o objetivo de orientar sobre os sintomas causados pela dengue, Chikungunya e Zika vírus, com ênfase à microcefalia, além de vistoriar possíveis criadouros nas residências.
Para que a mobilização atinja resultados satisfatórios, a Secretaria de Saúde pede a colaboração dos moradores durante as visitas às residências, no recebimento dos profissionais e voluntários.
Os lixos e entulhos nas ruas
A Prefeitura ressalta, no entanto, que a mobilização não envolve o recolhimento de entulhos. “Por isso, é importante que a população não os descarte em terrenos baldios ou calçadas”, alerta a administração municipal.
Porém, este tem sido um dos maiores problemas que a cidade enfrenta. Não é incomum encontrar móveis velhos, entulhos e todo tipo de lixo jogados por calçadas e terrenos baldios, por toda a cidade. Como ainda não há legislação específica em Lorena para punir as pessoas que fazem esse tipo de descarte, o problema fica sem solução. E a Prefeitura não dá conta de limpar todos os locais, pois não é raro que a limpeza aconteça em um dia, em determinada localidade, e no outro já exista acúmulo de lixo novamente. Uma questão da saúde pública que precisa de providências urgentes.
Como colaborar
“É urgente que nossa sociedade perceba que não existe solução para estes problemas sem a participação de cada um na luta contra a reprodução deste mosquito. É um inseto domiciliar, de dentro de casa, com ciclo de reprodução curto demais para que o Poder Público possa agir individualmente. Sem mobilização da sociedade, não existe controle possível da reprodução deste mosquito, pois 85% dos criadouros estão no interior dos imóveis”, ressalta o educador de Saúde.
Medidas importantes de prevenção
– Todo e qualquer objeto que possa reter e acumular água deve ser eliminado. Isso inclui, latas, potes, baldes, regadores, brinquedos, tampas de garrafa, etc.
– Caixas d´água devem ser mantidas 100% vedadas.
– Calhas devem ser limpas periodicamente.
– Ralos devem ser telados ou tratados quimicamente a cada 3 dias, com adição de cloro, água sanitária ou sal grosso.
– Pratos de planta não devem ser usados e os que estiverem em uso devem ser mantidos com areia até a borda o ano todo.
– Bebedouros de animais domésticos devem ser lavados com bucha a cada 3 dias.
“Tenha responsabilidade com o lixo que você produz. 85% dos criadouros são recipientes de plástico, vidro e metal, ou seja, lixo jogado ou deixado em locais inadequados. Ou todos se unem contra este mosquito ou muitos podem sofrer”, finaliza David.
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