Quando pensamos em ter um filho, é lógico que pensamos no sucesso que ele terá na vida, ou que será tudo aquilo que não fomos e terá tudo que não tivemos.

Para garantir essa felicidade, começamos a traçar os planos para oferecer tudo do bom e do melhor. É claro que isso é muito importante e não há quem não planeje esse futuro. É importante que a criança se desenvolva intelectualmente, com ótima escola e professores, aprenda línguas, pratique esportes, etc.. Mas existe um componente que poucos pensam em proporcionar para os filhos: a capacidade de aceitar os erros e as falhas.

Ao contrário do que muita gente pensa, é importante sim pensar nesse outro lado e preparar a criança para enfrentar essas adversidades, como: aprender a esperar, a trabalhar em grupo, a expressar suas opiniões e entender que deve ouvir e respeitar a opinião dos outros, entender que nem sempre será o melhor, que deverá competir por uma vaga na faculdade ou um emprego. E que muitas vezes poderá falhar.

Todos esses obstáculos serão enfrentados com mais facilidade se seu filho for preparado de forma positiva para a realidade.

Desde o primeiro momento de vida da criança, ela está ligada aos exemplos e ensinamentos dos pais. Isso vai depender da forma como você enfrenta cada choro, cada tombo, a tristeza da separação no primeiro dia de escola e muitas outras dificuldades. Experiências desagradáveis vão ocorrer sempre.

No meu trabalho, tenho visto crianças com um nível alto de inteligência, mas que não conseguem fazer amigos e se sentir bem diante de experiências novas. Quando entram na escola e precisam aprender a conviver com outras crianças, a dividir brinquedos ou as atenções da professora, a se adaptar a regras, elas se tornam agressivas e difíceis.

Essas crianças precisam aprender a lidar com as emoções desde cedo; e para isso, os pais serão os modelos. É importante que elas aprendam a administrar os sentimentos de maneira eficiente para tomar decisões, alcançar seus objetivos e, principalmente, para enfrentar as dificuldades que virão.

E se você se sentir inseguro para transmitir esses ensinamentos aos seus filhos, procure a orientação de um psicólogo.