A morte do engenheiro Ray Tomlinson nos faz lembrar que tudo tem uma história e que ela é, muitas vezes, mal contada. É claro que muitos são os méritos do falecido, mas ter introduzido o símbolo @ nos e-mails será seu legado mais marcante, como mostra a notícia que saiu no mesmo tom em vários jornais. Porém, comentários infelizes reportam que a origem daquele símbolo se deu por uma corruptela do francês, quando é muito bem documentado se tratar de um símbolo gráfico da Idade Média. Parece que apreciamos um boato, ou, no caso, falsa etimologia e origem, que abunda mais ainda no mundo digital.
No mesmo fim de semana, morreu Nancy Reagan e uns dias antes havia morrido Umberto Eco. Longe de ser uma nota fúnebre, a conexão entre símbolos é que me motivou o texto.
A parte mais conservadora do eleitorado norte-americano é republicana, partido ao qual pertencia Ronald Reagan, de quem Nancy era esposa e, depois, primeira-dama. Essa característica conservadora, em relação aos democratas, vem da 2ª Guerra Mundial para cá, pois antes era o contrário entre os dois principais partidos dos EUA. O símbolo tinha, pois, sinal invertido.
Eco nos ensina muitas coisas, denuncia várias outras. Em seu Número Zero, dá uma aula sobre o que é o jornalismo real, não aquele puro, idealizado pelo próprio jornalismo. Quando diz que é o jornal quem faz a notícia e não o contrário, explica o que está acontecendo em dias atuais, quando símbolos são arranhados, mas outros sequer são tocados.
Como em química, o símbolo serve para representar, mas não é o que é representado. Substituir um pelo outro, o representado por sua representação, tornará mais virtual esse mundo que é real – e cruel – na essência.
Pesquisador científico, formado em Química pela Unicamp. Foi professor na EEL-USP, em Lorena, por 20 anos, e atua na pesquisa de biocombustíveis e conversão de biomassa vegetal. Presidiu o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lorena por dois mandatos e é membro fundador da Academia de Letras de Lorena, tendo sido seu presidente por quatro anos.
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