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COLUNISTAS / Maria Luiza

Para a alegria e o sossego nosso e da natureza, o outono chegou…

28/03/2016

Foi à uma e meia da madrugada de domingo, 2 de março. Equinócio que é época de equilíbrio. Dias antes o Bonner, jornalista da Globo, perguntou à Maju, também jornalista, se o outono já havia chegado, pois o Rio amanhecera lindo naquele dia, com o céu todo azul resplandecente…

Pois é assim que o outono é: calmo, sem nuvens escuras, o céu todo azul, a serra descoberta, mostrando-se inteira, e o friozinho gostoso batendo em nossos braços pedindo agasalho.

Graças a Deus, que fez a natureza perfeita. Temos o verão nos queimando, as tempestades nos amedrontando, mas as horas passam e o bom tempo volta. É assim com a natureza e é assim conosco também. Aqui, ainda não é o céu, por isso temos que saber enfrentar as tempestades.

E há muita gente que gosta do verão e fica triste quando ele passa! É assim mesmo que somos nós, os humanos.

E ainda falando do outono, achei no meu livro “Chuva Doce” uma poesia na qual chamo os ipês roxos e amarelos de “outonal”, por eles florescerem justamente no outono. Aqui entre nós, podem esperá-los na Peixoto, onde estarão nos encantando daqui a poucos dias:

A outonal

Em passos leves, com doçura
se transforma a outonal,
anunciando a estação dourada

dos frutos maduros e das folhas cor de ouro
que caem das árvores
e atapetam o chão…

E, devagarinho, ao perpassar de um vento doce e leve,
suas flores vão se abrindo
e os tons vão se sucedendo
do amarelo ao vermelho dourado…
ao marrom,

cores colhidas nas flores que vão caindo
e nos frutos que vão amadurecendo…

E, de repente
ao amanhecer de um dia azul e frio
a outonal se apresenta majestosa,
lindamente vestida,
pronta para comparecer à festa do outono,

que vai dizer aos românticos e apaixonados
com todas as flores e cores desta árvore faceira,
Cheguei!…

COLUNISTAS / Maria Luiza Reis

Maria Luiza Reis Pereira Baptista é diretora de escola aposentada, membro da Academia de Letras de Lorena, da qual é sócia fundadora. Membro do IEV (Instituto de Estudos Valeparaibanos) e autora do livro de poemas “Chuva Doce”. Foi colunista do Jornal Guaypacaré durante mais de dez anos, tendo escrito mais de 400 crônicas.

 


baptista@demar.eel.usp.br

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