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COLUNISTAS / Cantinho literário

Que país é esse?

01/04/2016

Não é possível que tenhamos uma grande parte do nosso povo, tão desavergonhado.

Não é possível que ainda aplaudam o errado e o voto comprado.

Não é possível que mesmo sabendo que nos roubam, ainda os querem no poder.

Como será essa lavagem cerebral que os fazem a aceitar ladrões no poder?

Acho que tenho a resposta, são pessoas que não se importam com seu país, seu estado, sua cidade, sua família.

Em quem votar?

Os antigos atenienses tinham razão ao dizerem que assumir qualquer lado é melhor do que não assumir nenhum.

Mas existem momentos tão delicados e extremos, onde o que resta da liberdade individual está pendurado por um fio, mas se errarmos na urna, o estrago será duradouro. Mas quanto antes for abortado, melhor será. Haverá menos sofrimento no processo de ajuste. O momento pede um pacto temporário com a barbárie, como única chance de salvar o que resta da civilização – o que não é muito, mas é o que hoje devemos e podemos fazer!

A política externa brasileira é rasa, ideológica e o pior, irresponsável.

Quando Ulysses Guimarães disse “Navegar é preciso”, havia uma conotação diferente. Era navegar rumo a uma democracia saudável, digna; navegar para que o povo brasileiro usufruísse de liberdade de imprensa, de direitos humanos reais, extensivos ao direito à propriedade rural ou urbana que vemos hoje sob ameaças de um MST, de falsos sem teto, de sindicatos profissionais que têm em comum a finalidade de lesar o trabalhador brasileiro.

E a sociedade dorme anestesiada. Os ricos, banqueiros, sindicalistas e políticos estão acumulando fortunas que nós, os trabalhadores, entregamos ao Governo sob a forma de impostos altíssimos, semelhante ao dízimo que se pagava aos portugueses.

Retrocedemos no tempo. Enquanto comitivas gigantescas acompanham “a caravana” para longas e divertidas viagens, o povo brasileiro se espreme em vans, ônibus superlotados para chegar em casa após uma viagem estafante, comer um pouco de feijão e ovo, se tiver, e dormir com pesadelos pensando no dia seguinte. Esta é a nossa cara real. O que esta gente está fazendo por nós?

A cidade se debate na insegurança, o estado na pobreza, o país nos escândalos e vexames da palhaçada geral, e nós na desesperança.

Na luz suja do poder, as pessoas se desmascaram.

Se não estamos eventualmente cegos nem atacados por momentânea surdez ou envoltos numa mordaça, é preciso falar. Cada um do seu jeito, como pode ou consegue. Pode ser numa coluna de jornal, em casa, na sala de aula, na esquina da rua, no ônibus ou no recinto da nossa maior força; ali, no minúsculo espaço, onde cada um de nós é rei: a urna do voto secreto. Onde podemos de verdade mudar o que deve ser mudado.

A ação é irmã da coragem. Talvez assim, haja saída para as loucuras humanas.

Refletir sobre nossas ações cotidianas e nossa postura diante da vida é aprender a olhar o outro com mais respeito, enxergando as suas necessidades e sentindo as suas dores. Uma política mais próxima do seu sentido real: buscar o bem da comunidade.

COLUNISTAS / Regina Rousseau

Membro fundadora da Academia de Letras de Lorena, da qual é atualmente a diretora Cultural, Regina Rousseau é licenciada em Pedagogia, professora, escritora e aprendiz de poeta. Compõe versos simples, melódicos e suaves para si mesma e para seu leitor. Em 1998, editou seu primeiro livro de poesias, “O Canto do Rouxinol”. Escreveu outros romances, ensaios e crônicas, muitos a serem editados. Escreveu no jornal Guaypacaré por 16 anos, uma coluna semanal; atualmente, escreve no jornal “O Lorenense”, no Cantinho Literário.

 


reginarousseau@hotmail.com

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