Muito tem se falado na crescente violência que se espalha por todo território brasileiro, inclusive nas pequenas cidades, onde o sossego, a paz e a segurança eram os principais fatores que seguravam seus habitantes, em relação às grandes metrópoles.
Em recente matéria escrita pela jornalista Sylvia Colombo, do jornal Estadão, “As veias Sangrentas da América Latina”, caderno Ilustrada, de 19 de março de 2016, o jornalista britânico Ioan Grillo viajou pela América Latina e investigou quatro grandes grupos criminosos voltados ao narcotráfico e nos mostra como a atuação destes e seu enfrentamento com a Polícia foram responsáveis por assassinatos de mais de um milhão de pessoas desde o início do milênio até 2010.
Pois bem, enquanto o número de homicídios vem caindo no resto do mundo, aqui pelos lados da América, a taxa de homicídios tem aumentado cerca de 11%, entre 2000 e 2011. Mais assustador que isso é o valor movimentado pelo narcotráfico, ou seja, cerca de U$$ 300 bilhões.
Durante sua visita, seus estudos e investigações, Grillo concluiu que há semelhanças entre os grupos criminosos no que diz respeito à formação das hierarquias de poder, na tomada e manutenção de territórios, no modo como se realizam julgamentos e “justiçamentos” e na aparente generosidade na relação entre traficantes e as comunidades em que vivem.
Sim, os grupos possuem hierarquia e justiça própria, e com isso a pobre comunidade fica refém da situação.
Grillo defende que não só o narcotráfico é responsável pela situação, mas também a extrema pobreza, a desigualdade, que os Estados fracos diante da corrupção têm um papel crucial na equação e chama atenção para o efeito que existe ao rotular os chefes de cartéis como líderes narco, uma espécie de “empresários do crime”. Por consequência, os cartéis fazem mais do que apenas vender drogas. Extorsões, sequestros, tráfico de pessoas, roubo de petróleo e o comando da mineração em algumas zonas latino-americanas são outros crimes formadores de renda dos grupos. E é aí que mora o problema. Podemos ver muito isso ocorrer no Brasil, inclusive com o recrutamento de jovens pelas comunidades, cada qual com suas responsabilidades no mundo do crime. E, muitos deles veem o “dono da área” como o verdadeiro “empresário” do crime e passam a idolatrá-los, sendo facilmente recrutados.
O jornalista ainda contabiliza mais de 250 milhões de clientes das drogas em todo o mundo e chama o narcotráfico como “a indústria mais brutal da Terra”. Faz ainda uma análise com relação às penas e o sistema carcerário de todos os países atingidos, defendendo mudanças, e aponta ainda a necessidade urgente de discussão sobre a legalização das drogas, talvez, segundo ele, “a única saída para conter esse fluxo de sangue que vem manchando o continente de forma ininterrupta”.
Será mesmo que a possível legalização das drogas será a saída? Nosso País está preparado para tanto? Será que há outros interesses por detrás da legalização das drogas?
Não tenho resposta para tanto. Fato é que algo há de ser feito, porque estamos vivendo em um momento muito conturbado, no que diz respeito à segurança pública. Policiais estão sendo cruelmente assassinados, a sociedade está chegando ao seu limite e o caos está se instalando.
Fonte:
http://www.estadao.com.br/
Lorenense, formado em Engenharia Química em 1995, pela então Faenquil, hoje EEL-USP (Escola de Engenharia de Lorena, da Universidade de São Paulo), é casado com Joice e possui dois filhos, João Vítor e Gabriel. Desde sua formação, atuou em grandes empresas do ramo alimentício; dentre elas, a Pullman Alimentos (Pão Pullman, como é conhecida), hoje Bimbo do Brasil.
Há alguns anos, buscou a realização de um sonho antigo e transformou-se em Investigador de Polícia da Polícia Civil do Estado de São Paulo. Atualmente, atua na Divisão de Homicídios do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) da cidade de São Paulo-SP.
E como aceitar desafios e ajudar ao próximo é sempre seu objetivo, com ele estaremos “Falando sério”.
“O sucesso nasce do querer. Sempre que o homem aplicar a determinação e a persistência para um objetivo, ele vencerá os obstáculos, e se não atingir o alvo, pelo menos se orgulhará de ter tentado”. (José de Alencar)
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