Hoje, 31 de maio, dia de “Nossa Senhora das Bodas de Caná”, quando, a pedido de sua mãe, Jesus realiza seu primeiro milagre transformando a água em vinho, e no melhor, alegrando assim os noivos que estavam ficando envergonhados quando não tinham mais vinho para oferecer aos seus convidados. Por isso, o poema “Nossa Senhora das Bodas de Caná”, do meu livro Chuva Doce:
Nossa Senhora das Bodas de Caná
Nossa Senhora das Bodas de Caná
a alegria nesta festa
que é a vida
se a Senhora pedir
não faltará…
Os nomes dos ditosos noivos
que Jesus e Maria
privilegiaram
o Evangelho não guardou
porque no Povo de Deus
continuaram…
Nossa Senhora das Bodas de caná:
Os casais de hoje também
não têm mais vinho…
Falta o vinho do amor e do carinho
Falta o vinho da paz e do perdão…
Eles só têm em abundância
o vinagre
que jorra fácil
na comunicação
Falta trabalho, falta pão
na miséria
falta a piedade…
Nossa Senhora das Bodas de Caná
vinde o bem que falta
providenciar…
Pedi a Jesus que mude
em vinho o vinagre
e dizei a todos:
“Trazei tudo o que Ele vos mandar”
Então, não haverá mais
abandono
nem matança de crianças
nem jovens morrendo pelas drogas;
não haverá meninas sendo mães
nem lares destruídos
Nossa Senhora das Bodas de Caná
a alegria desta festa
que é a vida
se a Senhora pedir
não faltará…
E também, por que a poesia “Ipê Branco”? Porque no nosso inverno tropical neste país tão grande, belo e heterogêneo, os ipês, árvores mais lindas que existem quando se cobrem de folhas roxas, amarelas ou brancas, nos fazem parar, a pé ou de carro para, encantados, contemplá-los. Aqui em Lorena, eles estão na Peixoto de Castro e daqui a poucos dias florescerão; os ipês roxos já estão florescendo e são os que permanecem mais tempo floridos. Já as flores dos ipês amarelos ou brancos, belíssimas, são efêmeras… É uma pena, porque levam de nossas cabeças os males brasileiros que estão no topo do país e nos envergonham diante do mundo com seus feitos criminosos e antipatrióticos. Mas, os ipês nos encantam e encantam o mundo, mostrando o que é capaz de fazer a natureza a serviço de Deus… E agora, consolando o Brasil dos males dos corruptos, que o envergonham, o poema “Ipê Branco” que o encanta. Ei-la:
Ipê branco
Diante de tanta beleza
o coração mergulha no sonho…
É demais a brancura em festa
na profusão de cachos floridos,
tempestade de pétalas brancas,
brancas como a neve,
ou flocos de algodão,
ou ainda…
pedacinhos de nuvens
picadas por algum anjo maroto…
Inebriado o coração contempla
as brancas velas de um barco ancorado
no infinito azul turquesa…ou safira…
Ou talvez…águas marinhas…
Tom sobre tom de azul no céu
E… pros lados do poente
a Mantiqueira também azul…
Onde estou?
no céu…
por acaso no éden primitivo?
Não…
estou aqui mesmo em Lorena
na praça Dr. Arnolfo
bem ali, defronte à pastelaria do Chinês
Contemplando…
boca aberta, olhos úmidos
em companhia do motorista de táxi
e do menino engraxate
um ipê raro
braços erguidos pro céu
gritando para o mundo
a força suave de sua brancura
em braçadas de paz
fascinando o azul…
Maria Luiza Reis Pereira Baptista é diretora de escola aposentada, membro da Academia de Letras de Lorena, da qual é sócia fundadora. Membro do IEV (Instituto de Estudos Valeparaibanos) e autora do livro de poemas “Chuva Doce”. Foi colunista do Jornal Guaypacaré durante mais de dez anos, tendo escrito mais de 400 crônicas.
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