No inverno, cuidados com a dengue não podem parar

Não é porque o verão foi embora que a preocupação com a dengue pode diminuir. A Secretaria da Saúde lembra que a população precisa continuar se prevenindo contra o mosquito da dengue, inclusive nos dias mais frios.

Apesar de Lorena não viver uma epidemia, alguns casos continuam sendo  registrados na cidade. A queda da transmissão da doença está diretamente relacionada com a pouca incidência de chuva, típica do inverno, pois o número de criadouros disponíveis (com acúmulo de água parada) para o mosquito se reproduzir é menor.

É muito importante, portanto, que a população continue atenta para que a eliminação de criadouros continue durante o inverno também, pois isso pode determinar os números da doença no período quente e chuvoso do ano.

Os ovos do Aedes aegypti podem permanecer viáveis para gerarem novos mosquitos até mesmo ficando 450 dias no seco; basta que esses ovos tenham contato com a água.

De acordo com os dados da Vigilância Epidemiológica –  Controle de Vetores do município, os principais criadouros positivos para larvas durante o inverno são os ralos internos e externos, os pratos de planta e plantas aquáticas. Portanto, os três principais criadouros de Lorena não dependem de chuva.

– Ralo: Mantém água parada o ano inteiro. Ação indicada: Os ralos devem ser telados (com tela mosquiteiro) ou tratados quimicamente a cada 3 dias com adição de cloro, água sanitária ou sal grosso.

– Prato de planta: Basta regar as plantas e ele acumula água. Ação indicada: Não coloque-o em áreas abertas, deixe o vaso direto no chão. Em caso de uso, mantenha o prato de planta com areia, bem cheio, até sua borda.

– Bebedouro de animais domésticos: Mantém água disponível o ano inteiro e devem ter atenção especial. Ação indicada: Lavar o bebedouro, esfregando pano ou bucha nas paredes internas a cada três dias.

“Os cuidados com estes três criadouros durante o inverno são determinantes para diminuir os riscos de transmissão da dengue, chikungunya e zika vírus em Lorena no ano de 2017”, alerta o educador de Saúde David Quadros. “Este mosquito é um inseto urbano e domiciliar e utiliza água parada para sua reprodução, acumulada em toda sorte de recipientes. Basta uma pequena desatenção e lá está um criadouro disponível, seja um pote, balde, regador, latas, brinquedos… A atenção deve ser contínua por parte de todos os cidadãos, visto que 85% dos criadouros estão no interior dos imóveis”.