O incômodo afeta alunos e professores nesta época. É preciso terminar de corrigir provas, trabalhos, monografias, fechar notas, encerrar o semestre letivo, imprimir boletins e diários, chorar com os mestres aqueles pontinhos faltantes… Tudo antes das merecidas férias de julho, ou do recesso de meio de ano, pois o professor precisa ficar à disposição, caso o diretor o convoque para alguma atividade no período. Os estudantes, se bem planejarem, conseguem descansar um pouco para voltarem mais bem preparados em agosto.
A burocracia sempre me afetou e é a razão primeira de meus entraves e pendências que carrego até hoje, oriundos das atividades a que me dediquei. Sempre prezei por realizar algo – orientação, projeto, aulas, etc – mas o simples preenchimento burocrático de formulários ou relatórios que ninguém lerá me irrita e me faz procrastinar abertamente. Pago, literalmente, por isso, eu sei.
A atividade escrita deveria ser voltada ao registro necessário de ideias, opiniões, fatos, sentimentos, crenças e não para justificar empregos e salários. Tenho forte afinidade pelo papel, pelo lápis e pela caneta, mas não pelo carimbo, pelo grampeador e pelas pastas de arquivo. Avaliações são necessárias para acompanhar o desenvolvimento da aprendizagem, não para preencher uma tabela ou mostrar que a atividade foi simplesmente feita.
Em relação aos escritos, admiro-me com os recursos existentes, ainda mais agora que temos grande acesso a documentos antigos, jornais de séculos passados, tudo disponível na rede de computadores. Li alguns relatos sobre um pseudônimo desconhecido de Euclydes da Cunha e fui buscar outras referências e encontrei fatos sobre Lorena que podem ser estudados. Leio notícias sobre reciclagem de plásticos como algo novo, mas que realizamos há um bom tempo em nossos laboratórios, porém sem a devida propaganda. Ou seja, perspectivas de prospecção da atividade escrita não faltam.
Enfim, fica aqui, atrasado, um desabafo de fim de semestre com o registro de ideias suficientes para o resto do ano.
Pesquisador científico, formado em Química pela Unicamp. Foi professor na EEL-USP, em Lorena, por 20 anos, e atua na pesquisa de biocombustíveis e conversão de biomassa vegetal. Presidiu o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lorena por dois mandatos e é membro fundador da Academia de Letras de Lorena, tendo sido seu presidente por quatro anos.
Foi uma construção penosa, ao longo de gerações, para que os educandos de hoje pudessem ter um pouco mais de profundidade e abrangência no estudo das Humanidades – Sociologia e […]
As flores dos ipês são cativantes para repetir palavras que saúdam a chegada da primavera. De certa forma, renovo-me, voltando à carreira da qual saí dois anos atrás. Volto a […]
Se agosto é marcado por desgostos históricos, setembro não fica atrás em acontecimentos inexplicados. Ou, ao menos, que possuem explicações passíveis de controversas, com versões inusitadas, beirando as chamadas teorias […]
O papel devora meus espaços e não consigo me livrar dele! Pelo que vejo em minhas caixas de emails e nos diretórios de meus computadores, o problema é acumular informação. […]
Escrevi um texto sobre os cursos técnicos integrados do IFSP, publicado no jornal Página Popular de Hortolândia, discutindo a experiência com êxito do sistema federal de ensino, que está sendo […]
Astronautas que pisaram na lua têm mais chance de morrer de doenças cardíacas. A notícia apareceu ao longo do mês, carregando a ressalva do número de casos estudados ser muito […]
As comemorações da Semana Guilherme de Almeida ocorreram com intensidade, mesmo em ano considerado crítico em termos conjunturais, sociais, políticos e econômicos no país. Na palestra proferida pelo secretário estadual […]