Se agosto é marcado por desgostos históricos, setembro não fica atrás em acontecimentos inexplicados. Ou, ao menos, que possuem explicações passíveis de controversas, com versões inusitadas, beirando as chamadas teorias da conspiração.
O atentado às Torres Gêmeas e ao Pentágono norte-americano completou 15 anos neste 11 de setembro. A Folha de S. Paulo fez reportagem sobre as teorias que defendem que tudo foi orquestrado pelo próprio governo e os prédios destruídos por explosivos previamente lá colocados. Escrevi que “em um país que não sabe ainda (ou não quer saber) todos os condicionantes da morte de Kennedy e quantos votos Bush teve em 2000, não surpreendem as teorias da conspiração sobre o 11 de setembro (“Teses conspiratórias ainda rondam atentados às Torres Gêmeas em NY”, Folha de S. Paulo, Mundo, 11/9). É interessante, pelo menos do ponto de vista dos relatos técnicos contidos na reportagem de Carolina Frederico. Por aqui, continuamos com as dúvidas sobre a morte de Toninho, ex-prefeito de Campinas, e outras mortes de agosto: JK, Getúlio e, neste ano, a democracia”.
Segundo meus registros nas anotações do diário que continuo fazendo, naqueles dias estava preocupado em fazer a festa de aniversário da joaninha para minha filha (ou joanina, como ela dizia), descobrindo que não existiam enfeites deste inseto para vender ou mesmo para alugar em Lorena!
Boas versões nem sempre são as mais próximas da realidade, por mais bem construídas que sejam. Origens de palavras e de hábitos perfazem esse rol e a internet nos alimenta com bobagens de toda natureza.
Mas foi outro 11 de setembro, no Chile há 43 anos, que feriu fundo na América Latina com a deposição e morte de Salvador Allende. Histórias que estão querendo que não aprendamos para não mais saber.
Pesquisador científico, formado em Química pela Unicamp. Foi professor na EEL-USP, em Lorena, por 20 anos, e atua na pesquisa de biocombustíveis e conversão de biomassa vegetal. Presidiu o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lorena por dois mandatos e é membro fundador da Academia de Letras de Lorena, tendo sido seu presidente por quatro anos.
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