As flores dos ipês são cativantes para repetir palavras que saúdam a chegada da primavera. De certa forma, renovo-me, voltando à carreira da qual saí dois anos atrás. Volto a trabalhar com pesquisa em bioenergia, em Instituto do mesmo nome em Rio Claro, na Unesp. Volto à vida universitária, pois.
A ciência em nosso país sofre com o corte de verbas, desmonte e sucateamento de institutos de pesquisa, além dos questionamentos sobre sua utilidade, situação típica de crise e de retrocessos. Quando a crença se sobrepõe ao conhecimento, algo muito errado está em curso.
Em meu desligamento do Instituto Federal para trilhar estes outros caminhos profissionais, afirmei em carta aos colegas de lá que foram nove meses de trabalho junto a eles, um período curto, mas intenso. Resgatei minha vivência com alunos e cursos do Ensino Médio, aprendi muito com os professores mais novos por meio da atualização de práticas e conceitos pedagógicos e procurei contribuir um pouco com minha experiência.
Agradeci aos que me deram acolhida e que atuaram para serem facilitadores das atividades. Agradeci também à confiança da Direção ao me designar para as comissões de que participei. Lamentei que possa ter frustrado planos futuros. Porém, creio que as parcerias iniciadas nas questões ambientais e de pesquisa científica poderão ser continuadas. Com eles manterei contato e estarei acompanhando a luta educacional, política e institucional. O Instituto Federal tem de ser maior que a crise que sobre ele se abate, tem de ser capaz de sobreviver e reafirmar sua importância conquistada junto à sociedade.
Pesquisador científico, formado em Química pela Unicamp. Foi professor na EEL-USP, em Lorena, por 20 anos, e atua na pesquisa de biocombustíveis e conversão de biomassa vegetal. Presidiu o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lorena por dois mandatos e é membro fundador da Academia de Letras de Lorena, tendo sido seu presidente por quatro anos.
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