Por Maria Auxiliadora Corrêa*
Volta às aulas e o assunto é mais do que oportuno. Você (ou seu filho) ouve bem, mas muitas vezes não consegue compreender o que as pessoas dizem? Tem dificuldade de se concentrar, ler e escrever? Precisa pedir constantemente para repetirem o que é dito?
Quando se percebe que uma pessoa apresenta dificuldades de compreender a fala humana, a primeira suspeita que se costuma levantar é a da presença de uma deficiência auditiva. Mas e se os exames audiométricos não apontarem alterações nos limiares auditivos (os sons mínimos que o indivíduo consegue ouvir)? O que fazer? O que pode ser?
Nesses casos, deve ser considerada e investigada a existência de outro tipo de distúrbio relacionado à audição, mas que, ao mesmo tempo, não é classificado como deficiência auditiva. É o pouco conhecido Distúrbio do Processamento Auditivo Central (DPAC), também chamado de Disfunção Auditiva Central ou Transtorno do Processamento Auditivo. Os portadores deste distúrbio detectam os sons, mas não conseguem interpretar as informações contidas nele.
Mas então, o que é DPAC?
Para entender o transtorno do processamento auditivo central, é preciso saber como funciona o processamento da audição. A capacidade que o sistema nervoso tem para traduzir as informações enviadas pela audição é chamada de processamento auditivo central. Essa habilidade está diretamente relacionada com a localização dos sons, a possibilidade de prestar atenção em um som e ignorar outros, memorizar sons. Algumas das funções do processamento auditivo são: localização e lateralizacão dos sons, discriminação auditiva, reconhecimento do padrão auditivo, aspectos temporais da audição.
Por que o DPAC acontece?
O transtorno do processamento auditivo pode ser provocado por múltiplas causas. As mais comuns são os problemas origem genética, lesões cerebrais por anóxia ou traumatismo craniano, além da presença de outros distúrbios neurológicos, atraso maturacional das vias auditivas do sistema nervoso central ou por envelhecimento natural do cérebro. A maior parte dos diagnósticos da doença costuma ser feita em crianças e idosos.
Quais são os sinais do Transtorno do Processamento Auditivo Central?
Para pessoas com transtorno de processamento auditivo central, realizar algumas tarefas simples pode ser praticamente impossível. As dificuldades de concentração provocadas pelo problema podem ser facilmente confundidas com transtornos de atenção, falta de interesse; por isso, é preciso prestar atenção aos sinais do transtorno. Alguns deles:
• Dificuldade de aprendizagem
• Dificuldade de memorização e desatenção
• Cansaço rápido e agitação ao assistir aulas
• Dificuldade para ouvir e prestar atenção em lugares barulhentos
• Necessidade constante de pedir para repetir
• Parecer não ouvir / entender bem
• Demora para escutar e/ou compreender o que foi dito
• Dificuldade em conversas com muitas pessoas ao mesmo tempo
• Dificuldade para localizar de onde o som está vindo
• Dificuldade para realizar uma sequência de tarefas que lhe foi solicitada
• Dificuldade para entender conceitos abstratos
Diagnóstico do DPAC
Após percebidos os sinais do transtorno do processamento auditivo central, é fundamental procurar ajuda profissional. Normalmente, uma equipe multidisciplinar, composta, por neurologistas, psiquiatras, otorrinolaringologistas, audiologistas, fonoaudiólogos, psicólogos, pedagogos e profissionais da educação, deve analisar o caso para conduzi-lo a um diagnóstico e/ou a uma conduta médica e planejamento terapêutico.
Com essa abordagem multidisciplinar, é possível descartar problemas parecidos. Uma avaliação específica do processamento auditivo é realizada por um fonoaudiólogo da área audiológica. A testagem é realizada em cabine acústica, onde o indivíduo é colocado com fones auriculares através dos quais são aplicados testes gravados em CD e padronizados por faixa etária.
Para realizar a avaliação, é necessário fazer antes uma audiometria, ter um nível de linguagem expressivo e receptivo, atenção e cognição suficientes para que possa compreender as tarefas e não apresentar perda auditiva assimétrica.
Tratamento
Após os exames, o fonoaudiólogo emite relatório com os resultados obtidos: desde as habilidades preservadas e as com desempenho abaixo do esperado para a idade; e o impacto na vida do indivíduo nos níveis social, acadêmico e familiar.
Com esses testes sobre o desempenho do processamento auditivo, fica mais fácil identificar o tipo de alteração que precisa ser trabalhado. A boa notícia é que, com o treinamento auditivo adequado, é possível minimizar e reverter os problemas causados pelo transtorno do processamento auditivo central.
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