Adilson Roberto Gonçalves
A visita ao Centro Espacial Kennedy no Cabo Canaveral, Flórida, Estados Unidos é experiência única por mostrar a história da conquista da física, matemática, química e engenharia para colocar pessoas no espaço com certa segurança. É um contraponto às típicas visitas aos parques da Disney, Universal e outros espaços lúdicos.
Está em cartaz o filme “Estrelas Além do Tempo”, que faz o retrato de parte pouco conhecida dessa história, em época na qual a segregação racial estava em alta – ela nunca deixou de existir – e mulheres negras tiveram um papel importante nos cálculos e início da utilização de computadores na NASA, a agência espacial norte-americana. Uma primeira questão é quanto ao nome do filme, que no original (Hidden Figures) significa figuras (ou personagens) escondidas e por aqui foi “traduzido” como Estrelas Além do Tempo. A indústria cinematográfica nacional é pródiga em plasmar títulos controversos, talvez “The sound of music” ter virado “A noviça rebelde” seja dos mais icônicos. Ter modificado a ênfase nas pessoas que ficaram escondidas, com conotação da crítica racial, para um título mais ameno, de enaltecimento daquelas mulheres como estrelas, pode significar uma fuga velada da contestação, ainda que no filme isso é mostrado de forma periférica.
De qualquer forma, é uma excelente obra artística para estimular jovens quanto à importância da matemática e contar um pouco mais dessa história épica da conquista espacial. Questões políticas, tanto da Guerra Fria como da segregação racial, são tratadas no filme, mas não são o enredo principal. Sem contar o brilhantismo das três atrizes protagonistas, Taraji P. Henson, Octavia Spencer e Janelle Monáe. Há uma boa mensagem nas palavras do presidente Kennedy: somos desafiados a fazer não porque é fácil e, sim, porque é difícil.
Pesquisador científico, formado em Química pela Unicamp. Foi professor na EEL-USP, em Lorena, por 20 anos, e atua na pesquisa de biocombustíveis e conversão de biomassa vegetal. Presidiu o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lorena por dois mandatos e é membro fundador da Academia de Letras de Lorena, tendo sido seu presidente por quatro anos.
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