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COLUNISTAS / Cantinho literário

Homenagem ao João Bosco Paçoca

06/03/2017

Brindemos à vida do João Bosco Pereira de Oliveira!
Ontem, 5 de março foi um dia especial. Ele comemorou 59 anos de vida em plenitude, rumo ao sexagenário!
Conheci Paçoca, ainda no Primário, pois sua mãe, Dona Lurdinha, foi minha professora no 2º ano. Já no Ginasial, fomos estudar no Arnolfo Azevedo em salas diferentes, temos três anos de diferença de idade. E quase sempre na saída do Colégio, voltávamos juntos a pé pra nossa casa, na longa avenida, Tomáz Alves Figueiredo. Ele já namorava com a amiga Carolina Staut. Meu irmão Sávio, ainda garoto, levado por ele, foi lobinho nas aventuras do escotismo.  E Sávio o escolheu para ser seu padrinho de crisma. Durante esses anos, nossas vidas sempre estiveram unidas por algum motivo. Em 1998, a convite de Carolina, comecei a escrever no jornal Guaypacaré, fundado por eles, há 38 anos, no dia 6 de agosto de 1975.
Atualmente, estamos juntos todos os meses nas reuniões literárias da Academia de Letras.
Ele é uma história viva da nossa cidade. Paçoca é como a fênix, sobrevivente de um aneurisma.
Foi nesse período difícil que nasceu essa poesia; a ele, minha homenagem e gratidão!

Renascença
(Para Paçoca)

Esses versos já deveriam estar escritos,
mas nasceram nos últimos minutos
desta madrugada gelada.
Criar versos para quem vive
no universo das palavras,
é improvisar apenas um ensaio.

Por mais uma vez aprendo
que nesse mistério de morte e vida,
existem erros de cálculos,
que só a ternura de um Deus pode explicar
e oferecer escolhas para se ir ou para ficar…

Nessa invisível gangorra da vida,
além da poesia e das dúvidas,
a vida começa a me ensinar
certezas profundas:
o lógico e o coerente
não fazem mais parte de mim.

Ressurgir das cinzas como a fênix,
renascer na lucidez do mistério e recomeçar;
quebrar a redoma de vidro de certos desatinos
e despertar como cada novo amanhecer.
O dia lá fora nasceu bonito
e acabou se tornando mais uma testemunha
desse seu novo brilho. Seja bem-vindo!

Alguém lá do alto
nos vê do andar de cima,
e contempla nossas ações.
Se por sina ou por fé na vida
desdobrarmos e irrompermos
tal desastre, enquanto houver sol,
a morte não irá se impor.
Portanto, ainda é cedo para adeus.
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Regina Rousseau

COLUNISTAS / Regina Rousseau

Membro fundadora da Academia de Letras de Lorena, da qual é atualmente a diretora Cultural, Regina Rousseau é licenciada em Pedagogia, professora, escritora e aprendiz de poeta. Compõe versos simples, melódicos e suaves para si mesma e para seu leitor. Em 1998, editou seu primeiro livro de poesias, “O Canto do Rouxinol”. Escreveu outros romances, ensaios e crônicas, muitos a serem editados. Escreveu no jornal Guaypacaré por 16 anos, uma coluna semanal; atualmente, escreve no jornal “O Lorenense”, no Cantinho Literário.

 


reginarousseau@hotmail.com

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