A relação de casal é uma das experiências mais ricas e plenas que podemos nos proporcionar. Quanta riqueza há no dia a dia de uma relação a dois! Muitas vezes nos queixamos ou ouvimos queixas a respeito do parceiro, como comportamentos e costumes estranhos aos seus, da sogra e/ou de outros membros da família do outro, e por aí vai…
Quando nos prendemos a estas queixas, não conseguimos mais olhar o companheiro que escolhemos para a vida nos olhos e assim nos perdemos naquilo que é essencial: nós somos humanos, portanto, falíveis! Nas queixas esquecemos que um casal não faz tudo igual, isso é impossível, mesmo porque o outro vem de uma família diferente da minha e lá há valores e costumes diferentes dos meus e que também são certos! A cobrança de “ter que” fazer tudo igual empobrece a relação, pois é justamente naquilo em que somos diferentes é que podemos acrescentar algo, com respeito; eis a riqueza da relação!
Uma relação próspera se constrói a dois, no equilíbrio entre o dar e o receber. Só há equilíbrio em uma relação que respeita o outro do jeito que ele é e se é respeitado(a) da mesma forma, nas diferenças. A perfeição é uma exigência desumana. Príncipes e princesas não existem na vida real. É na renúncia de uma ilusão que o amor dá certo. Concordar com aquilo que é diferente no outro a serviço da plenitude de um amor, de uma nova família a construir ou já construída, de uma vida a dois juntos, com respeito e admiração, esse é o amor verdadeiro.
O amor à primeira vista existe, é aquele que nos leva ao altar. Mas o amor à segunda vista, aquele que vivemos no dia a dia e nos proporciona descobertas a médio e longo prazo, é o que conta, enfim, pra vida. É na lida com esse amor que crescemos e nos fortalecemos diariamente. Nesta etapa é preciso fazer o necessário: continuar se alegrando com o outro do jeito que ele é de verdade, imperfeito, comum, humano. E é a partir desse amor maduro que o casal olha junto para algo maior, partindo do que há de melhor em cada um.
Christiane Reis Rodrigues Fonseca é psicóloga há mais de 20 anos, estudiosa do desenvolvimento humano e seus relacionamentos, mediação de conflitos e controle emocional. Apaixonada pela filosofia sistêmica nos moldes de seu criador, Bert Hellinger. Facilitadora das Constelações Familiares e Organizacionais. Educação Sistêmica. Terapeuta Sistêmica em Florais de Bach. Especialista em Atendimento Terapêutico individual, casal e familiar no modo online.
Instagram: @christianefonseca.constelar
“O que é mais desafiador, em termos de relacionamento humano, do que uma decisão conjunta de viver a dois? Muitas vezes, posicionamentos do(a) parceiro(a) quanto ao que é certo e […]
“Que possamos compreender que, onde formos, para onde crescermos, é por todos nós. Que as nossas raízes também sejam honradas a cada conquista nossa. E que também possamos compreender que […]
“Na semana passada, descrevi o que é uma Constelação Familiar. Hoje, vou explicar como esta ferramenta funciona. Quando uma ou mais das leis naturais que regem os relacionamentos são infringidas […]
“A Constelação Familiar é uma ferramenta terapêutica sistêmica, de base fenomenológica, na qual se trata o indivíduo e toda a sua linhagem familiar. É uma forma de terapia breve, que […]
Bert Hellinger, criador das Constelações Familiares, já disse: ‘As lágrimas de compaixão por si mesmo não comovem o destino’. Diante desta frase, eu pergunto: Você está incluído(a) na própria agenda? […]
Carregamos na vida, por vezes, bagagem extras que nos custam a paz. Lamentações, julgamentos, críticas, fantasias do como poderia ter sido, mágoas, raivas, dores, frustrações, vitimismos, pirraças, expectativas alheias… e […]
Durante a quarentena, além de acompanhar as estatísticas do aumento de números de separações e divórcios pelos noticiários da TV e da internet, tenho ouvido muitos relatos de pessoas que […]