No segundo domingo de agosto, comemoramos o Dia dos Pais. É um belo dia para olharmos para a vida e percebermos como ela chegou até nós através dele. Um olhar de reflexão e gratidão! Ah, como é mais leve dizer “sim” à vida!
Bem, mas nem sempre é assim que agimos. Como filhos, às vezes olhamos para o homem que nos deu a vida de presente com muitos julgamentos, exigências e/ou indiferença, desejando que tudo aquilo que recebemos dele fosse diferente. Com certeza, nem tudo foi belo e alegre, mas… foi assim! Tratamos aqui de um homem comum, que também carrega a sua história de dificuldades e de dores na vida; que é passível de erros, que talvez ainda carregue um destino familiar difícil, que vem se repetindo ao longo de gerações.
As queixas quanto à ausência por trabalhar muito, por abandono, por morte “precoce”, por violência, por conflitos entre os pais, etc… Tudo isso, por vezes, nos leva a assumir um lugar de juiz e nos encoraja a tentar excluir o papai do coração. “Tentar”, porque trata-se de algo impossível! Somos 50% papai, 50% mamãe! Temos células deles vibrando em nosso corpo e que estarão conosco por uma vida inteira. Não há como dizer “não” a isso.
Às vezes, o histórico familiar e os esforços que aquele homem comum eleito por nossa mamãe fez e faz, passou e passa despercebido por nós. Talvez jamais tenhamos olhado pra tudo que foi exigido dele para estar a serviço da nossa vida, de nossos irmãos e também do nosso futuro, à sua maneira. Todos nós temos o papai certo; questionar isso é confrontar a escolha da nossa mamãe e, mais ainda, confrontar a escolha de Deus. Quando olhamos para aquilo que é mais importante, A VIDA, percebemos que nossos pais fizeram tudo certo, passaram a vida adiante, assim como receberam de nossos avós, do jeito que lhes foi possível, e isso é maior que tudo.
A boa notícia é que nunca é tarde para uma reconciliação, uma agradecimento, uma reverência. Basta olhar para o papai, se inclinar diante de sua grandeza, voltar a ser “pequeno” diante dele, concordar com tudo do jeito que foi, do jeito que é e assim tomá-lo por inteiro no coração! Tal conexão e expressão de amor em abundância nos traz força e nos conecta à vida. Assim, dizemos “sim”; sim à vida por inteiro!
Christiane Reis Rodrigues Fonseca é psicóloga há mais de 20 anos, estudiosa do desenvolvimento humano e seus relacionamentos, mediação de conflitos e controle emocional. Apaixonada pela filosofia sistêmica nos moldes de seu criador, Bert Hellinger. Facilitadora das Constelações Familiares e Organizacionais. Educação Sistêmica. Terapeuta Sistêmica em Florais de Bach. Especialista em Atendimento Terapêutico individual, casal e familiar no modo online.
Instagram: @christianefonseca.constelar
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