A menopausa é um processo natural do organismo da mulher, no qual encerra-se o ciclo menstrual e ovulatório. Não há uma idade exata para o processo se iniciar, variando de mulher para mulher. Mas em média, ela ocorre entre os 40 e 55 anos. Segundo a dra. Talitha Melo, ginecologista de BH-MG, neste período, alguns sintomas característicos do climatério – período de transição para a menopausa – podem ser notados. “Fluxo menstrual espaçado e irregular, ressecamento vaginal, intensas e repentinas ondas de calor, suor excessivo, insônia, diminuição da libido, cansaço e alterações de humor são as indicações mais claras que a menopausa está se aproximando”, afirma.
“O estrogênio é um hormônio feminino responsável pelas características da mulher. Ele atua na multiplicação das células dos tecidos mamários e reprodutores, determina a distribuição da gordura corporal, prepara o corpo para uma gravidez e influencia no comportamento. A falta dele, que acontece a partir do climatério, acentua os sintomas da menopausa”, conta Talitha.
Aliados naturais, alimentos ricos em isoflavonas, betacaroteno, vitaminas C e E, zinco, selênio, manganês, ácidos graxos insaturados, bem como antioxidantes são indicados à dieta da mulher como forma de prevenir e/ou tratar os sintomas. De acordo com o dr. Lucas Penchel, médico nutrólogo da Clínica Penchel (BH-MG), as marcas mais graves causadas pelo período da menopausa são a perda da proteção relativa às doenças coronárias e o aumento do risco de osteoporose. Entretanto, a qualidade de vida da mulher também é muito afetada. “A menopausa ocasiona sinais e sintomas depressivos, baixo rendimento cognitivo, queda drástica no desejo sexual, ganho de peso, metabolismo lento, perda de massa muscular, flacidez, entre outros”, afirma o médico.
Sendo assim, o indicado é a reposição, de alguma maneira, dos hormônios que o corpo para de produzir. “A soja e seus derivados possuem uma substância chamada isoflavona. A estrutura deste elemento é semelhante ao hormônio estrogênio. Ao ingerir os alimentos à base de soja, o organismo reconhece como o hormônio produzido naturalmente e age como tal. Desta forma, reduz os efeitos causados pela sua deficiência na menopausa”, explica dr. Lucas.
O médico ainda comenta que, em alguns casos, não se pode abrir mão da reposição hormonal. “As reposições podem ser realizadas através de gel, adesivo, chip ou até hormônio sintético em cápsula. Entretanto, é necessária uma avaliação médica e laboratorial para descartar possíveis contraindicações de acordo com cada caso”. Outra substância importante de ser reposta é o selênio, encontrado na castanha do Pará; forte fonte oxidante para o organismo.
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