Já escrevi que é muito fácil denunciar o erro alheio. Na redação de ideias, pensamentos, teses e conceitos, a palavra escrita passa a ter valor muito forte e, por isso, a precisão da linguagem se faz presente. E também a correção dessas palavras, desde que saibamos a que público a mensagem se refere, sem preconceitos de falares. O povo – ou seja, todos nós – fala uma língua que não está nas gramáticas, nem nos dicionários. Mas o texto escrito merece um tratamento diferenciado.
Com o advento dos meios eletrônicos de comunicação, muito do que era dito, agora é escrito, muito mal escrito. Não é apenas a transposição da oralidade em letras impressas, mas sim, o desconhecimento do uso de ferramentas automáticas de correção presentes na maioria dos meios usados para a comunicação.
Assim, foi muito estranho uma amiga no Facebook postar uma foto da neta com a legenda: “amor em condicional”. O que era para ser uma declaração de amor sem quaisquer condições, torna-se um sentimento restrito, com alguma condição. Ter digitado alguma letra errada fez com que o corretor sem sentimentos expressasse o que mais próximo da norma culta aquele conjunto de vocábulos quis significar.
Mas a questão é mais crítica quando o Diário Oficial da União (DOU) comete esse tipo de gafe. Na edição eletrônica de 23/12 passado, a chamada na página do DOU era para a publicação do “indulto natalina”, excrescência tanto do ponto de vista moral, quanto da concordância de gênero, sem querer entrar na discussão sobre essa questão.
Por fim, vamos à química da poesia, que tem sido retratada lindamente nas redes sociais, mas usando uns elementos químicos com símbolos estranhos à tabela periódica para compor a própria palavra POESIA. Ainda mais controverso foi o uso de massas e números atômicos inexistentes. Mas aqui, ao poeta, tudo é permitido, entendamos.
Pesquisador científico, formado em Química pela Unicamp. Foi professor na EEL-USP, em Lorena, por 20 anos, e atua na pesquisa de biocombustíveis e conversão de biomassa vegetal. Presidiu o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lorena por dois mandatos e é membro fundador da Academia de Letras de Lorena, tendo sido seu presidente por quatro anos.
Um garoto descobre uma cidade maia analisando a disposição das constelações e fazendo uma previsão da localização nos mapas do Google. Além da genialidade precoce, chamaram a atenção os comentários […]
O governador de São Paulo Geraldo Alckmin revelou o que realmente pensa quanto à pesquisa em nosso Estado. Teceu severas críticas à Fapesp, a Fundação de Amparo à Pesquisa do […]
Adilson Roberto Gonçalves A soma das partes é muito maior que o todo. Porém a representatividade política não é uma conta aritmética simples, pois envolve não apenas a força da […]
Foi Nelson Pesciotta quem me apresentou Eugênia Sereno e seu “O Pássaro da Escuridão” e me convenceu a ler e conhecer. Ele enaltecia a grandiosidade da obra e o desprezo […]
Um título alternativo para este texto seria “mil dias”, a contar de hoje, 5 de abril, quando chegaríamos do apaziguador futuro do dia primeiro de janeiro de 2019. Porém escolhi […]
Substância do momento, controvérsia há um bom tempo, a fosfoetanolamina pode ser entendida como um derivado orgânico e aminado do ácido fosfórico, cuja fórmula é (H2PO4)-(CH2)2NH2, e que colocou o […]
As brincadeiras linguísticas são um deleite na voz do poeta e o título vai nessa direção. Nesta semana, pesquisadores japoneses publicaram importante estudo sobre bactérias que são capazes de se […]