Lorena, dezembro de 1951. Esse foi um ano cheio de acontecimentos significativos nesta cidade provinciana.
Uma grande coligação de partidos – o PSP, PTB, PTN, UDN e PR – lançou o advogado João Pinto Antunes para prefeito, mas quem acabou mesmo vencendo as eleições foi o José Roberto Ayrosa Rangel.
Candidatos à vereança? Foram muitos! Entre eles, Dante Ballerini, Antônio Zanin, Nelson Barroso, Antônio Marcondes Romeiro, Clóvis Barbosa de Faria, mas nem todos se elegendo.
No Conservatório Municipal da cidade, solenemente inaugurado no dia 15 de março, o maestro João Evangelista começou a ensinar os seus alunos, marcando os compassos com as suas grandes mãos, que adejavam como borboletas. Os outros professores, como a dona Lili Couto, o Maestro Beviláqua, a Celeste Godoy, a Nadallete Zappa, a Doli Pereira de Castro e o professor José de Miranda Alves, secundaram o grande músico lorenense em seu magistério musical.
Braz Pereira de Olivas dirigia a cidade. E bem, disseram mais tarde os seus pósteros. Bem? Ora, quaisquer julgamentos apaixonados feitos naqueles dias de ontem seriam parciais – o futuro o diria.
Outro fato importante: no dia 2 de abril, foi inaugurado festivamente o Ginásio Estadual de Lorena, uma grande aspiração dos munícipes.
Os estudantes também estavam agitados naquele 1951: os jovens Carlos Edson Chagas e José Carlos Thimóteo elegeram-se presidente e vice-presidente do Centro Estudantil Lorenense.
Pequenas alegrias e tristezas particulares ocorreram aqui e ali: o dr. Epitácio Santiago agradeceu ao jornal “Norte Paulista” a gentileza da lembrança das suas Bodas de Prata; a professora Maria Alice Galvão morreu no dia 10 de junho…
Mas como se dizia, aquele foi um ano muito movimentado na cidade de Lorena. Ano de ladrões tirando o sossego desta sociedade ordeira e conservadora. Na noite de 2 de novembro, uns gatunos deixaram nervosíssima a dona Floripes de Castro, que morava com a mãe, a dona Mariquinha de Castro, ao lado da escola de costura que dirigia.
Emocionada, ela disse ao dr. Xavier D’Alessandro, suplente de delegado, que os bandidos não passavam de uns vândalos, destruindo os livros de ponto e matrícula da escola e outros documentos, desarrumando gavetas e depredando arquivos, não levando, contudo, nada de valor…
Mas voltemos aos meados do ano, pois é preciso registrar um acontecimento muito importante. No dia 7 de julho, às sete horas da noite, ocorreu a inauguração de uma fonte luminosa moderníssima, quase no meio da Praça Dr. Arnolfo Azevedo.
O prefeito Braz discursou. Uma multidão aglomerou-se naquele espaço, invadindo o gramado do jardim que, por sinal, estava muito feio e seco naquele dia de inverno.
A banda do 5º Batalhão de Caçadores de Taubaté tocou o dobrado “Prefeito Braz de Olivas”, de autoria do conhecido maestro Euzébio de Paula Lico.
Uma menina chamada Mirtes Coutinho de Castro falou ao microfone em nome da infância lorenense, saudando o prefeito e entregando-lhe um buquê de flores naturais. Ela disse, ainda, que as crianças iriam batizar aquela beleza de água colorida como “Fonte Luminosa Maria Cecília”…
Olavo Rubens Leonel Ferreira é formado em Direito, Ciências Sociais e Pegagogia. É mestre em Educação. Lecionou na Universidade de Taubaté, na Faculdade de Direito de Lorena, nas Faculdades Integradas de Cruzeiro, nas Faculdades Teresa D´Ávila de Lorena e no Anglo Vestibulares. Escreve muito; tem uma meia dúzia de livros publicados e a maior parte do que produziu ainda é inédita. Durante alguns anos publicou crônicas sobre Lorena no saudoso Guaypacaré, dos seus amigos João Bosco e Carolina. Mora em São Paulo.
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