O Teatro Teresa D’Ávila recebe, neste final de semana, o espetáculo “Mulher Invisível”, primeiro monólogo da atriz Catarina Abdalla. A montagem, que tem direção de Amir Haddad e texto de Maria Carmem Barbosa, acompanha uma noite de trabalho de Eunice, faxineira de uma loja de artigos masculinos, que abre seu sofrido coração para os manequins de plástico que expõem as roupas vendidas no local. Serão duas apresentações: 24 e 25 de março (sábado e domingo), às 20h.
A peça é um monólogo existencialista, com boas doses de humor, que traz à tona questões sensíveis como a invisibilidade dos que, de alguma maneira, são excluídos pela sociedade e a solidão que enfrentam no cotidiano.
Com 36 anos de carreira, Catarina Abdalla estreou na televisão com a clássica personagem Cuca, do “Sítio do Picapau Amarelo”. Também fez sucesso como a divertida Ronalda Cristina, de “Armação Limitada”, e atualmente vive Dona Jô, proprietária da pensão na série “Vai que Cola”, recorde de audiência do canal Multishow. Ela ainda participou de várias novelas.
A atriz conta que sua personagem, Eunice, é uma mulher do povo, muito sofrida, mas com o coração cheio de ideias românticas. “Ela é uma mulher esquecida, que tenta conversar com o marido e as filhas, mas ninguém a escuta. A solidão é tanta que ela acaba confessando suas alegrias, indignações e tristezas com aqueles ‘moços bonitos’, que é como ela chama os manequins da loja”, adianta Catarina Abdalla. “Eunice trabalha fora a madrugada inteira e durante o dia ela faz os serviços de casa. Às vezes, ela encosta um pouco para cochilar e assim vai levando vida nesse lugar invisível. São esses invisíveis que constroem o mundo”, completa.
Equipe de peso
O cenário é de Fernando Mello da Costa, o figurino foi idealizado por Pedro Sayad e a luz é assinada por Aurélio de Simoni.
“Estou trabalhando com pessoas que fazem parte da história do teatro. Está sendo uma experiência indescritível fazer parte de ‘A Mulher Invisível’, um exercício incrível para qualquer ator. É uma emoção trabalhar com esses nomes e aprender mais ainda com jovens como o produtor Miguel Colker, que traz frescor e outro olhar”, conta a atriz, que não para.
Ano passado, Catarina Abdalla estava no ar na quinta temporada de “Vai que Cola”, no Multishow; na novela “Senhora do Destino”, no Vale a Pena Ver de Novo, da Rede Globo; em “Armação Ilimitada”, no Viva!; e no longa-metragem “Quando o galo cantar pela terceira vezes tu renegarás sua mãe”, que estreou junto com a primeira temporada da peça.
Catarina Abdalla – Atriz
Catarina estreou na televisão com a clássica personagem Cuca, na série “Sítio do Picapau Amarelo”, caracterizando e dublando a personagem por cinco anos consecutivos. Sucesso nos anos 80 com a divertida Ronalda Cristina de “Armação Limitada”, Catarina participou de telenovelas inesquecíveis, como “Vereda Tropical”, “A Próxima Vítima”, “A Indomada”, “O Quinto dos Infernos”, “Agora é Que São Elas”, “Senhora do Destino”, dentre outras.
Atualmente, Catarina vive Dona Jô, proprietária da pensão em que acontece toda a trama de “Vai que cola”, série recorde de audiência do canal Multishow que originou o longa-metragem “Vai que Cola – O Filme”, que teve mais de 2 milhões de espectadores e também foi recorde de abertura do cinema nacional no ano do seu lançamento.
Amir Haddad – Diretor
Considerado um dos maiores encenadores do Brasil e reconhecido internacionalmente ao criar o grupo Tá Na Rua, Amir rompeu a “quarta parede” para abrir um caminho em direção a um teatro vivo, transformando para quem o vive e o faz. Tornou-se referência por seus monólogos de grande sucesso de crítica e público: A Mulher de Bath, com Maitê Proença; A Alma Imoral, com Clarice Niskier; Antígona, com Andrea Beltrão; Clarice, com Beth Goulart; O Auto Falante e Os Ignorantes, com Pedro Cardoso.
Recebeu diversos prêmios relevantes, como Molière, Shell e Bravo.
Maria Carmem Barbosa – Autora
O humor corre no sangue de Maria Carmem Barbosa. Filha do humorista, jornalista e compositor Haroldo Barbosa, ela começou a escrever por influência de seu pai, com quem costumava discutir sobre os humorísticos que estavam no ar, desde criança. Começou a trabalhar no rádio em 1970, na Rádio MEC, onde também criou o programa “Falou e Disse”.
Na televisão, começou a trabalhar com Chico Anysio, em “Chico City”, escreveu programas como “Quarta Nobre”, “Tele-Tema” e “Grandes Nomes”, e colaborou como roteirista em “Armação Ilimitada” e “Chico & Caetano”. Desenvolveu a série “Delegacia de mulheres”, que representou o Brasil na conferência sobre violência doméstica realizada em Washington, nos Estados Unidos, em 1997. No teatro, desenvolveu uma parceria com Miguel Fallabela em que escreveram mais de 10 peças juntos, como “Querido Mundo” e “O Submarino”. Junto com Miguel, também criou os programas “Sai de Baixo” e “Toma Lá Dá Cá”. Escreveu as novelas “Salsa e Merengue” e “A Lua Me Disse”.
FICHA TÉCNICA
Elenco: Catarina Abdalla
Texto: Maria Carmem Barbosa
Direção: Amir Haddad
Dramaturgia: Érida Castelo Branco
Assistente de Direção: Érida Castelo Branco
Cenografia: Fernando Mello da Costa
Iluminação: Aurélio de Simoni
Figurino: Pedro Sayad
Coordenação de Produção: Carol Bandeira
Produção: Paulo Dary
Design: Guilherme Telles
Comunicação: Gabriel Wasserman e Larissa Melo
Assessoria de Relacionamento: Menna Barreto
Diretor Financeiro: Rodrigo Wodraschka
Idealização e Direção de Produção: Miguel Colker
Pra anotar na agenda: Mulher Invisível
Data: 24 e 25 de março (sábado e domingo)
Horários: 20h
Local: Teatro Teresa D’Ávila (UniFatea) – av. Doutor Peixoto de Castro, 539 – Lorena – SP
Ingressos: R$ 50 e R$ 25. Meia-entrada: estudantes, pessoas acima de 60 anos, professores da Rede Pública de ensino e professores e funcionários do IST / UniFatea.
Bilheteria: de segunda à sexta, das as 15h às 18h30
Telefone: (12) 2124 2922
Dramaturgo, diretor e produtor teatral, Caio de Andrade nasceu em Lorena (SP), no dia 25 de novembro de 1960, e construiu sua carreira no Rio de Janeiro.
Formado em jornalismo, trabalhou na TV Manchete e SBT.
Ao longo de seus dez anos na televisão, fez inúmeros cursos e oficinas de teatro, chegando a dirigir alguns espetáculos. Nos palcos, como autor e diretor, vem construindo uma ponte entre o teatro e a história do Brasil. Foi o criador do Projeto História em Cena, no Centro Cultural Banco do Brasil – RJ, que levou milhares de estudantes ao teatro ao longo dos seus três anos de existência.
Participou de encontros com importantes companhias inglesas, na área de teatro-educação e de inúmeros festivais no Brasil e no exterior. É, hoje, um dos profissionais de teatro mais atuantes e premiados da sua geração.
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