Na manhã da quarta-feira, 30 de maio, a Polícia Ambiental efetuou a prisão de dois homens acusados de envolvimento com a extração e manipulação ilegal de palmitos. Segundo a Polícia Ambiental, uma denúncia apontava dois pontos em Lorena, que estariam funcionando como fábricas clandestinas de palmito. O palmito, extraído da palmeira Jussara, atualmente encontra-se ameaçado de extinção.

O primeiro lugar apontado na denúncia fica no bairro Horto Florestal. Por lá, a Polícia afirma ter encontrado, numa chácara, diversos vidros vazios e cascas oriundas da palmeira Jussara. Porém, nenhum palmito foi localizado. Quando registrava os fatos, durante a qualificação do morador da chácara, os policiais verificaram que tratava-se de procurado pela Justiça. Diante dos fatos, ele foi levado ao 1° D.P. (Distrito Policial), onde foi ratificada sua prisão.

No segundo ponto, no bairro da Cruz, as equipes do Policiamento. Ambiental realizaram a segunda prisão e confirmaram que realmente se tratava de uma fábrica clandestino de palmito. Quando a Polícia chegou, o acusado ainda tentou fugir de carro. Porém, foi abordado pelos policiais. No porta-malas do veículo, foram encontrados dois vidros contendo palmito.

No interior da residência, foram encontrados mais 54 vidros de palmito, prontos para o comércio ilegal, além de diversos objetos utilizados para beneficiar e manufaturar o palmito in-natura.

A Polícia Ambiental ressalta que o comércio ilegal de palmito causa riscos à saúde pública, porque os criminosos realizam a manipulação do palmito sem nenhum tipo de higiene, em locais impróprios, desrespeitando todas as normas de manipulação. Um dos principais riscos do consumo de palmito sem condições ideias para alimentação é desenvolver o botulismo, doença rara, causada pela bactéria Clostridium botulinum, que encontra-se em alimentos mal conservados. A intoxicação alimentar por esta bactéria produz danos graves nos nervos e músculos, além de poder levar à morte.
Além da Polícia Ambiental, compareceram ao local técnicos da Vigilância Sanitária de Lorena e peritos da Polícia Técnica Científica, profissionais que puderam atestar as más condições de manuseio do produto.

Além de preso, o acusado foi autuado pela prática do crime, com multa no valor de R$ 136.800.