Época de férias e viagens nacionais e internacionais. No entanto, antes de listar os locais que serão visitados, comprar as passagens, fazer as reservas de hotéis e organizar as malas, é também muito importante verificar se a carteira de vacinação está em dia e ainda se informar quanto às vacinas exigidas para a entrada em países estrangeiros.
Essa preocupação com a imunização vacinal para as viagens se mostra ainda mais necessária quando são observados dados recentes do Conselho Europeu de Assessoria em Saúde de Viagem, que apontam que 40% das pessoas que vão visitar outros locais, chegam a procurar orientação médica somente momentos antes do embarque no avião ou de começar a percorrer a estrada. O documento também mostra que 20% das pessoas só marcam consultas com profissionais da saúde quando faltam menos de 14 dias para a viagem, e menos de 10% possuem a carteirinha de vacinação atualizada.
De acordo com a farmacêutica Manuella Duarte, o mais indicado é que antes de viajar, as pessoas procurem pela orientação médica com mais ou menos um mês de antecedência, para que assim sejam tomadas as doses das vacinas que estão faltando na carteirinha. Essa antecipação é importante, pois algumas das vacinas levam semanas para gerar a proteção almejada. Por isso, devem ser tomadas ao menos 15 dias antes da viagem. “Já para as pessoas que irão viajar ou fazer conexões em países que exijam a apresentação do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), é recomendado que verifiquem nos sites da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Organização Mundial da Saúde (OMS), quais vacinas são indicadas para a visitação do país de destino”, aconselha.
Exigido em cerca de 135 países, o certificado pode ser emitido e retirado nos Centros de Orientação para Saúde do Viajante da Anvisa, unidades credenciadas do Sistema Único de Saúde (SUS) e em clínicas particulares credenciadas.
Segundo Manuella, a imunização vacinal para a realização de viagens pode evitar a contaminação e disseminação de doenças endêmicas e contagiosas, além de impedir eventuais transtornos, como por exemplo, a não concessão do carimbo do passaporte, que dá direito à entrada de viajantes em várias nações ao redor do mundo. “Para a prevenção de doenças que não são epidêmicas, mas que apresentam um alto número de casos em determinadas regiões, é aconselhável que, além das imunizações obrigatórias, as pessoas também procurem se informar sobre as vacinas que são recomendadas para a prevenção de enfermidades presentes em áreas de risco”, diz.
Atualmente, entre as imunizações mais exigidas para as viagens internacionais, está a vacina contra a febre amarela, que é obrigatória para a entrada em países como o Afeganistão, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Bahamas, Bolívia, China, Colômbia, Cuba, Índia, Venezuela, Paraguai e em muitas outras nações pertencentes à América do Sul e ao continente africano.
Ainda no grupo das vacinas que são recomendadas para viagens ao exterior, estão as imunizações contra a hepatite A e febre tifóide, que se direcionam às pessoas que irão visitar países asiáticos, africanos e cidades litorâneas. Estas vacinas são indicadas, principalmente, para viagens a locais sem saneamento básico adequado.
A vacina contra a meningite
Meningocócica é necessária para viagens ao interior da África, Índia e áreas do Oriente Médio. Por fim, para quem deseja viajar para alguns países europeus, como Itália, Portugal, Romênia e Ucrânia, é importante que se imunizem contra o sarampo.
Para quem não vai sair do país, mas quer explorar as belezas do litoral brasileiro, é prudente se imunizar com as vacinas contra a febre amarela, febre tifóide, hepatites A e B, poliomielite, difteria, tétano, coqueluche, meningite meningocócica, sarampo, caxumba, rubéola, varicela e tuberculose.
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