O dia 12 de outubro traz recordações boas e ruins. E algumas nem boas, nem ruins. Entre estas últimas, está a fundação do Banco do Brasil por Dom João VI, em 1808, e o reconhecimento oficial da independência do nosso país por parte do próprio Brasil, em cima de Portugal. Serve para ver que essa história de nos considerarmos independentes é antiga.
Entre as lembranças ruins, está a morte do saudoso Ulisses Guimarães – ele, que batalhou pela nossa Constituição, em 1988. Mas o pior fato de que me recordo é o chute do Sérgio von Helder na imagem de Nossa Senhora Aparecida. O sujeito era líder da Igreja Universal do Reino de Deus. O excesso foi cometido no programa “O Despertar da Fé”.
Dizem por aí que a perna daquele falso bispo foi posteriormente diagnosticada com trombose. Se isso for verdade, o pastor entendeu às duras penas o que significa “o despertar da fé”.
Nossa Senhora Aparecida é reconhecida como padroeira do Brasil e o seu dia foi elevado a feriado nacional em 1980, pela lei 6.802/80. A legislação seguiu a data da visita do papa João Paulo II ao Santuário.
Mexer com a fé popular é algo muito sério. E a religião não pode fazer apologia à intolerância. Muito pelo contrário.
Mas 12 de outubro é também o Dia das Crianças. A celebração existe desde 1924. Foi lançada pelo deputado federal Galdino do Valle Filho e oficializada pelo presidente Arthur Bernardes. Popularizou-se-, contudo, em 1960, quando a fábrica de brinquedos Estrela lançou ação comercial com a Johnson & Johnson.
A ação promovia o aquecimento das vendas na “Semana do Bebê Robusto”. Era sempre em outubro. Depois, a semana diminuiu para um só dia. E escolheram o dia destacado outrora pelo deputado Valle Filho.
Qualquer que seja a lembrança, a celebração, é sempre salutar refletir. Pensar na nossa independência, por exemplo, que todos os dias se mostra equivocada, como as fake news plantadas por aí. Afinal, o poder de compra do brasileiro caiu. E o vendedor que achava que fecharia muitos negócios em 12 de outubro se frustrou. Tem esperança nesta semana. E na próxima. E na próxima. Porque a esperança é a última que morre.
Por aqui, no Brasil, nunca morre. Nossa Senhora Aparecida que o diga.
É isso.
José Aurélio Pereira é jornalista, professor universitário e mestre em Comunicação. Atua em Lorena como empresário, no setor da Educação.
É de conhecimento geral que eu também trabalho em uma escola de idiomas. Sempre conciliei o ofício de jornalista ao de professor. Já lecionei muitas disciplinas, mas ensinar inglês é […]
O dia 12 de outubro traz recordações boas e ruins. E algumas nem boas, nem ruins. Entre estas últimas, está a fundação do Banco do Brasil por Dom João VI, […]
Há alguns dias, o público brasileiro reagiu negativamente a uma apresentação prévia do filme que conta o assassinato do casal Richthofen pela filha. Em uma avalanche de críticas, pedia-se, entre […]
O homem de hoje tem participação mais ativa na sociedade. As redes sociais banalizaram o conteúdo e pessoas sem formação transformaram-se em jornalistas. Estes, por sua vez, acuados, tiveram que […]
Sabe aquela sensação de que o dia é insuficiente para o cumprimento de todas as obrigações? Afinal, é preciso muita dedicação para usufruir, após alguns anos, dos benefícios de uma […]