2020 é ano de eleição. E eleição me remete a uma das passagens mais marcantes da vida de São João Bosco. Diz que ele sonhou e viu crianças, que se transformavam em lobos e, posteriormente, viravam ovelhas. A visão remetia à liderança de Dom Bosco sobre aqueles que lhe eram confiados, os jovens.
Confesso que transformar jovens é também a maior motivação que nutro em minha carreira. Porém, não é de mim que quero falar, mas dos líderes que escolhemos no decorrer da vida.
O líder é altruísta, senão nasceu para outra coisa. O altruísmo é um termo cunhado por Auguste Comte em 1831. Caracteriza o conjunto das disposições humanas voltadas para ajudar pessoas.
O sujeito altruísta se opõe àquele egoísta. O egoísmo fala única e exclusivamente do interesse individual.
A pessoa altruísta assemelha-se à figura do garçom. O garçom serve. E servir gente é uma das prerrogativas do altruísta, daquele que desenvolve um trabalho voluntário.
Ora, não seria a abnegação a principal qualidade do líder? Penso que sim. Todavia, algo comum são pessoas apresentarem-se como bons líderes e mostrarem-se, a posteriori, seres egoístas. O egoísta esconde o real interesse em determinada disputa, qualquer que seja ela.
A base avaliativa do eleitor deve partir do despojamento para ajudar por parte daquele que concorre. Importante perguntar sempre é se a disposição para contribuir do postulante é sincera ou se ele almeja algo além daquilo proposto pelo pleito.
A capacidade empreendedora pode camuflar o real interesse do falso líder. Paulo Maluf é o maior exemplo disso. Afinal, por trás dele existia a triste máxima do “rouba, mas faz”. O eleitorado manteve-se refém deste tipo de política por anos, mas libertou-se (ou tem tentado se libertar).
É preciso romper com a política de outrora em detrimento da boa política. Chega de ganhar a qualquer custo vislumbrando propósitos individuais. O coletivo merece atenção, porque o grupo deve ser ouvido coletivamente. E a vontade dele ser respeitada.
O bom líder fará o trabalho dele transformando lobos em ovelhas. Como ninguém, o bom líder conhece as ovelhas que tem para cuidar. É isso.
José Aurélio Pereira é jornalista, professor universitário e mestre em Comunicação. Atua em Lorena como empresário, no setor da Educação.
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