Depois da perda da mãe, eles agora se despedem do pai. Na manhã deste domingo, 17 de maio, faleceu o engenheiro José Marinho de Queiroz, vítima do novo coronavírus, no dia em que completava o 76º ano de vida. José Marinho estava na UTI desde o dia 22 de abril, lutando bravamente contra a doença. Chegou a sair do tubo por duas vezes. Embora os médicos tivessem alertado de que a situação era muito grave, a família tinha esperanças de sua recuperação. A esposa dele, Simone Maria Figueiredo de Queiroz, faleceu no dia 30 de abril, aos 72 anos, também vítima da Covid-19.
Na última sexta-feira, dia 15, ele havia saído do tubo mais uma vez. Chegou a se comunicar com a família, via chamada de vídeo no WhatsApp, com ajuda da equipe da UTI. Consciente, perguntou da esposa, por quem era loucamente apaixonado (palavras da própria família), mas não soube de seu falecimento. A equipe médica se organizava para dar a notícia a ele, com apoio psicológico. Mas não deu tempo. De ontem para hoje, voltou a piorar e não resistiu.
O novo coronavírus levou embora a mãe e o pai do Luiz Mário, do Luiz Paulo e da Daniela Juliana; os avós da Bianca, do Vinícius, do Renan e do Danilo; os sogros da Adriana e do Péricles. José Marinho foi recebido pela esposa tão amada lá no céu, de onde passam a olhar pela família, a partir de hoje. Daqui, eles seguem anestesiados pela dor da despedida tão inesperada, uma família devastada por uma doença que já fez mais de 310 mil vítimas fatais em todo o mundo (15.633 até ontem, no Brasil).
Evolução do caso de José Marinho
Nascido em 17 de maio de 1944, o engenheiro autônomo José Marinho de Queiroz atuava na instalação de grandes sistemas de ar-condicionado. No dia 13 de abril, ele precisou viajar para São Paulo, pois estava trabalhando na obra de construção de um shopping. Aos 75 anos, era hipertenso e diabético, mas não tinha outra alternativa, pois precisava trabalhar para sustentar a família. Aliás, suas características mais marcantes eram a dedicação ao trabalho e a paixão pela família.
No dia 15 de abril, ligou para a esposa Simone, relatando que não se sentia bem, mas apresentava apenas enjoo. Voltou para Lorena no dia 17, ainda enjoado. Não tinha febre, nem tosse, nem coriza, mas foi para o Pronto Socorro da Santa Casa de Misericórdia, pois além do enjoo, sentia-se fraco. Ainda de acordo com o relato da família, neste atendimento, foi receitado remédio para enjoo e soro, para ser tomado em casa. O engenheiro seguiu em casa por cinco dias e, embora não apresentasse outros sintomas, também não melhorava. No dia 22, apareceu a febre e a família o levou ao Hospital Unimed. “Mas ele não tinha nenhum sintoma gripal, não reclamava de falta de ar nem nada. Tanto que chegou andando e conversando para a consulta”, conta sua filha.
No Hospital Unimed, quando entrou para atendimento, foi imediatamente isolado, inclusive da família. “Daí pra frente, segundo a médica que o atendeu, ele começou a piorar muito rápido. Mas nós nem chegamos a ver o meu pai ruim assim. Fomos informados que ele precisava ser entubado e iria para a UTI”, continua a filha Juliana. Ele passou a primeira noite na UTI do Hospital Unimed e foi transferido para a Santa Casa no dia seguinte. De acordo com a Secretaria de Saúde de Lorena, José Queiroz chegou na Santa Casa, no dia 23 de abril, apresentando febre, tosse, vômito, queda de oxigenação, falta de ar e perda de apetite.
A confirmação do coronavírus veio no domingo, 26 de abril. O paciente seguiu na UTI até hoje (17/5, data de seu aniversário e falecimento), tendo conseguido sair do respirador mecânico por duas vezes.
Evolução do caso de Simone
Desde que chegou a Lorena, no dia 17 de abril, a esposa de José Marinho seguiu cuidando dele, em contato direto. Até o dia da internação do marido (no dia 22), Simone não sentia nada. No entanto, no dia seguinte (dia 23), bastante nervosa pela piora repentina do marido, começou a passar mal. Apresentou febre e pressão alta. No dia 24, acordou com dor na nuca e a pressão bastante alterada. Foi levada ao Pronto Socorro Municipal logo pela manhã, onde foi constatado, pelo exame de raio-x, que ela tinha pneumonia. Devido ao fato do marido estar na UTI (embora seu exame ainda não estivesse confirmado), foi decidido que ela ficaria internada, por precaução.
Simone permaneceu na Clínica de Isolamento da Santa Casa até o dia 28 de abril. Ela parecia reagir bem ao tratamento e vinha se comunicando com a família o tempo todo, pelo celular, por mensagens, ligações e videochamadas. Inclusive, tinha a expectativa de receber alta. A última vez que falou com a filha Juliana foi às 21h do dia 28. Ela dizia que estava se sentindo bem, apesar da pneumonia e de ser hipertensa. No entanto, de madrugada, seu estado piorou e ela precisou ser transferida para a UTI, onde lutou pela vida até a madrugada seguinte (30 de abril). Mas não resistiu.
O resultado de seu exame, confirmando o diagnóstico de Covid-19, só chegou após seu falecimento.
Nenhum outro membro da família, que teve contato direto com o casal, apresentou evolução da doença. Embora tenham tentado, não conseguiram realizar o teste para diagnóstico do novo coronavírus.
Mais uma vez, o Portal O Lorenense solicita que você, que está lendo esta notícia agora, que faça uma oração por esta família, independente de sua crença ou religião.
Coronavírus em Lorena
* CASOS CONFIRMADOS: 32
Internados: 6 (5 na UTI e 1 na Clínica do Isolamento)
Em casa: 5
Recuperados: 18
Óbitos: 3 (já incluindo José Marinho)
* CASOS SUSPEITOS (aguardando resultado): 11
Internados em isolamento: 6 (todos na Clínica de Isolamento)
Em casa: 5
* NOTIFICAÇÕES DESCARTADAS: 147
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