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Santa Casa de Lorena realiza a 1ª Prostatectomia Videolaparoscópica

09/05/2023

A Santa Casa de Lorena realizou a primeira Prostatectomia Radical Videolaparoscópica na última quarta-feira, 3 de maio, um procedimento característico de grandes hospitais de referência em serviços de média e alta complexidade. Realizada em um paciente de 71 anos, diagnosticado com câncer de próstata, a cirurgia para remoção da glândula com as vesículas seminais durou cerca de 3 horas.

O procedimento foi um sucesso, com preservação de grande parte do plexo e da musculatura do esfíncter, diminuindo o risco de impotência e incontinência. “Ele já vinha em acompanhamento no consultório, quando compareceu com o PSA alterado. Imediatamente, indicamos a realização de uma biópsia de próstata, onde foi concluído que havia o adenocarcinoma, um câncer em grau intermediário”, explicou o urologista e cirurgião geral, Thiago Zeraik.

O PSA e o toque retal são exames utilizados como rastreamento, principalmente, para diagnosticar câncer de próstata em homens, antes mesmo que eles tenham sintomas.

A Ressonância Multiparamétrica é outra ferramenta que pode ser usada para rastreamento do câncer de próstata. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás somente do câncer de pele não melanoma, totalizando 72 mil casos novos estimados a cada ano do próximo triênio (2023- 2025).

A fim de curar o câncer, quando a doença ainda está em fase inicial, a Prostatectomia Radical tem sido uma das abordagens mais utilizadas no tratamento de remoção do tumor maligno. Hoje em dia, há diferentes formas de realizar a Prostatectomia: a abdominal aberta, a videolaparoscópica e a robótica, que está em grande evolução. “A vantagem da cirurgia por vídeo, em comparação com a cirurgia aberta, é que ela possibilita ao paciente uma recuperação muito mais rápida no pós-operatório; diminui a incidência de complicações inerentes da incisão, como hérnia incisional ou sangramentos; além da estética, devido às incisões serem menores”, disse Thiago Zeraik.

O procedimento cirúrgico em si consiste na distensão do abdome com gás CO2, permitindo a movimentação de pinças no interior da cavidade abdominal e a introdução da câmera de vídeo (endoscópio), para visualizar estruturas dificilmente vistas na cirurgia convencional e com melhor definição de detalhes. As pinças são introduzidas por meio de pequenas incisões (cortes) e manipuladas diretamente pelo cirurgião, sem a necessidade de abertura dos folhetos da musculatura.

Da portaria à internação, todas as equipes fizeram parte desse acontecimento em que o maior beneficiado foi o paciente, curado de uma das doenças que mais mata homens no Brasil. No procedimento em si, liderado pelo dr. Thiago Zeraik, estavam presentes a enfermeira Fernanda Vitoriano, a instrumentadora Elizabeth Leite, os urologistas dr. Matheus Zeraik e o dr. José Reinaldo, além dos anestesistas, dra. Cecira Pucci e dr. Manuel Gouvea.

De modo geral, é importante ressaltar que a presença de um tumor de próstata não apresenta sintomas e que, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o índice de cura chega a 90% se diagnosticado em fase inicial. Por isso, é vital o acompanhamento periódico com o urologista, especialmente após os 40 anos. Esse rastreamento deve ser realizado anualmente e, quanto mais precoce for o diagnóstico, maior será a chance de cura e menores serão as complicações ou necessidades de bloqueio hormonal e tratamentos mais avançados.

 

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