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COLUNISTAS / Outros papos

Saúde em Foco (Parte 5)

28/02/2015

Carlos Chagas e o avanço sanitário para Os Sertões

  
Aluno do famoso médico Miguel Couto e discípulo de Oswaldo Cruz no Instituto Soroterápico, Carlos Chagas, sem dúvidas, foi cientista e médico brasileiro o mais reconhecido, nacional e internacionalmente, ganhando prêmios e homenagens pelo mundo afora tais. Entre eles: Prêmio Schaudinn, pelo Instituto de Moléstias Tropicais de Hamburgo, Alemanha;  nomeado Artium Magistrum, Honoris Causa, da Universidade de Harvard, EUA; em 1923, ganhou o Prêmio Hors-concours na Conferência Comemorativa sobre o Centenário de Louis Pasteur, em Estrasburgo, França; e em 1925 o Prêmio Kummel, da Universidade de Hamburgo, Alemanha. Ainda receberia em 1926, 1929 e 1934, outros títulos Honoris causa, vindos das universidades de Paris, de Lima e Bruxelas, respectivamente, entre outros.
Em 1907, Chagas foi enviado pelo Instituto à cidade de Lassance, em Minas Gerais, para combater a malária, que afetava a população e os trabalhadores da estrada de ferro impiedosamente. Alertado por um engenheiro da ferrovia sobre a infestação de um inseto nas residências rurais – o barbeiro –, descobriu o Tripanossoma cruzi, em homenagem ao seu tutor Oswaldo Cruz, mas a doença até hoje é conhecida como Doença de Chagas, pois descreveu o ciclo completo desta grave doença, além de seu tratamento e prevenção. 
Foi figura essencial para acabar com as epidemias urbanas e, devido a isto, foi convidado a sanear os rincões dos grotões sertanistas desse imenso país, trabalhando com as doenças tropicais que afetavam os trabalhadores do extrativismo da borracha e das construções das estradas de ferro, além de ser o grande ícone no combate à Gripe Espanhola que assolou o Rio de Janeiro em 1918, contagiando mais de 600 mil pessoas e matando mais de 11 mil cariocas naquele ano.
Chagas foi diretor do Departamento Nacional de Saúde Pública, vinculado ao Ministério da Justiça, e foi importante para o combate da lepra, tuberculose, malária e doenças parasitárias em geral, além de ter criado a Escola de Enfermagem Anna Nery.
A base da economia cafeeira que transformava o Brasil com ferrovias, cidades transformando-se em metrópoles com redes bancárias, efervescências culturais como a Semana de Arte Moderna de 1922, o crescente movimento trabalhista trazido pelos imigrantes, principalmente italianos e o grande movimento político, reafirmam a necessidade urgente da modernização do país.
Diante desse cenário, a política do café com leite não se sustenta e as esperanças de melhores condições de vida para os brasileiros são depositadas sobre “O Pai dos Pobres”, Getúlio Vargas.

COLUNISTAS / Mafu Vieira

Valdemir Vieira, popularmente conhecido como Mafu, é formado em Enfermagem e Obstetrícia pela Unitau, pós-graduado em Terapia Intensiva e mestre em Enfermagem Psiquiátrica pela Escola de Enfermagem da USP, com trabalhos apresentados no Brasil e exterior, além de responsável técnico de Enfermagem do Caps (Centro de Atenção Psicossocial) – Lorena. Professor convidado nos cursos de pós-graduação da Fatea e outras universidades das cidades vizinhas, palestrante dos assuntos de políticas públicas e motivacionais, Mafu também é formado em Professional and Self Coaching, potencializando as lideranças profissionais em diversas empresas e em áreas distintas. Lorenense nato e ex-vereador, está sempre envolvido e atento aos assuntos da cidade e vem, com a mesma performance de colunista que foi do Jornal Guaypacaré, diretamente para a coluna, de mesmo nome, no Portal “O Lorenense”. Com ele, são “Outros Papos”…



maphus@gmail.com

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